Terça-feira, 16 de Novembro de 2010

BEBÉS DAS OITO

Autor que não foi possível identificar, Jim Warren

 

Como filhotes de cangurus são transportados junto ao peito materno. Descaídos um pouco para a mãe fruir de liberdade de movimentos nos transportes públicos. Elas vão trabalhar por ordenado mínimo ou pouco além disso, talvez contratadas a prazo nos serviços, talvez empregadas domésticas, talvez mulheres à cata de emprego que depositarão o bebé carrego na ama ou na creche ou na casa dos avós que a reforma tornou disponíveis. Outros, mais crescidos, seguem dormidos nos carrinhos que rolam nos passeios envenenados pelos automóveis da cidade grande. Pai empurra o maior, mãe traz ao colo o menor em peso e idade. São famílias de Lisboa que de mimos endinheirados ignoram a cor. E os bebés das oito, quando a ela, ‘auto mobilizada’, passa, ficam cristalizados em retrato que a consciência tira.

 

Crianças do frio, seguras por amor, são peões encavalitados. Distintas das que permanecem quentes em casa dos pais, depois, pela liberdade de horário, acondicionadas em limbo confortável até à escolinha ou colégio pagos com ouro. E se umas e outras acordam estremunhadas, vestidas ainda anestesiadas pelo sono, o denominador comum coexiste com o máximo divisor tão comum como o outro. Mas os meninos d’ouro arribam da garagem para a rua que somente vêm deslizar em cadeiras licenciadas. São atendidos com salamaleques pelas cuidadoras credenciadas, protegidas por fardas impecáveis. Aulas de pintura, judo, ginástica, música, almoço requintado, esperam-nos. Os outros aspiram monóxidos, palmilham, sem que o saibam, ruas e distâncias ao relento.

 

Presentes diferentes, futuros iguais? _ Duvido.

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

publicado por Maria Brojo às 06:41
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18 comentários:
De perseu a 16 de Novembro de 2010
Sir!
O que terá Hélas a ver com tudo isto?
A mãe da ciência e da arte?
De Anónimo a 16 de Novembro de 2010
Esclarecimento:

hélas [elAs]
interjeição
ai!; infelizmente!

substantivo masculino
ai, suspiro, lamento

De perseu a 16 de Novembro de 2010
Tudo isso é musica celestial,mas para altissimas figuras da literatura portuguesa que habitam no Parnaso.
Porém para um simples mortal como eu que habito em terra dura ,HÉLAS é o nome da Grécia em grego moderno.


Lisboa é Lisboa,não é Lisbon nem Lissabon.

Aliás o que teem estas orações de 'sapiência' a ver com a crónica?

Serão para mostrar sabedura?
Francamente...
De corrector a 17 de Novembro de 2010
Que loucura: simples mortal vs altíssimas figuras da literatura portuguesa...

Música celestial? OMG!

Ελλάδα

NOÇÕES GEOGRAPHICAS

Grecia foi o nome dado pelos Romanos ao paiz chamado Héllada pelos seus naturaes. Tal nome coube primeiramente a uma pequena divisão do Epiro; depois applicou-se á Thessalia, aos paizes ao sul das Thermopylas e ao Peloponeso, vindo, com o andar do tempo, a comprehender todo o Epiro, a Illyria na sua maior parte e a Macedonia. Mas o vocabulo não era conhecido pelos habitantes do paiz, do mesmo modo que estes se não designavam pelo nome de Gregos, com que ficaram memorados na Historia. Na lingua grega a Grecia era chamada Héllada, como dissemos, Hellenia ou paiz dos Hellenos. São ignorados os motivos pelos quaes prevaleceram os nomes--Grecia e Gregos--empregados na lingua romana.

A palavra Héllada (em grego Hellas) designou primitivamente um pequeno districto da Phthiotida, na Thessalia. D'ahi, os Hellenos espalharam-se gradualmente por todo o resto da Grecia,--mas ainda no tempo de Homero o seu nome não era commum a toda a nação grega. O grande poeta designa os Gregos pelos nomes de Danaos, Acheus, ou Argivos; e imbora na Iliada, cant. II, v. 530, appareça uma vez a designação de Pan-Hellenos, é ella tida como espuria pelos commentadores antigos.

Entretanto, nos tempos mais remotos da Historia Grega, todos os membros da raça hellenica, vangloriando-se de um antepassado commum, Hellen, eram conhecidos pelo mesmo nome, e a todos os districtos em que se estabeleciam davam o nome generico de Héllada, o qual significava, assim, «terra dos Hellenos» e não uma região qualquer definida por limites geographicos precisos. Ora, n'este sentido generico, as mais distantes colonias hellenicas pertenciam á Héllada; e d'esse modo as cidades de Cyrena na Africa, de Syracusa na Sicilia, e de Tarento na Italia, formavam partes tão essenciaes da Héllada como as cidades de Athenas, de Esparta, e de Corintho.

Este é o sentido mais amplo do termo, o qual se empregou tambem mais restrictamente para designar todo o paiz ao sul do Golpho Ambracico e da foz do rio Peneu, até ao isthmo de Corintho. N'esta significação era o paiz designado pelo nome de Héllada contínua e, segundo os modernos, pelo de Héllada propria.

Poremos, comtudo, de parte este nome classico e erudito; e adoptaremos para toda a Peninsula o de Grecia, consagrado pelos seculos e pelo consenso unanime dos historiadores.

A Grecia é a mais oriental das tres peninsulas em que o continente europeu é recortado ao sul. A sua extensão superficial está longe de egualar-se á do nosso pequeno paiz, e não é por ella decerto que nos cumpre avaliar a extraordinaria importancia que os filhos d'essa região privilegiada tiveram na historia do mundo.

Há pequenas diferenças que fazem toda a diferença: 18,5 em engenheiria mercânica... onde, quando, como ou como, onde, quando etc...
De corrector a 17 de Novembro de 2010
claro que também é Lisbon e Lisbona e Lisabonas e Lisabon e Lissabon e Lisbonës e Լիսաբոն ლისაბონი e Lisboako e Лісабон e Lissaboni e Lissabonin e Lisbonne e Λισαβόνα e ליסבון
e लिस्बन e Lisszabon e ליסבאָן e Liospóin e Lisabonos e Liżbona e นครลีสบัน لیسبن
e Lizbon

Parnasianismo - Movimento literário que se originou na França, Paris, representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo.

Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo de algumas décadas o simbolismo. O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas, uma vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da Antiguidade clássica.

Caracteriza-se pela sacralidade da forma, pelo respeito às regras de versificação, pelo preciosismo rítmico e vocabular, pela rima rica e pela preferência por estruturas fixas, como os sonetos. O emprego da linguagem figurada é reduzido, com a valorização do exotismo e da mitologia. Os temas preferidos são os fatos históricos, objetos e paisagens. A descrição visual é o forte da poesia parnasiana, assim como para os românticos são a sonoridade das palavras e dos versos. Os autores parnasianos faziam uma "arte pela arte", pois acreditavam que a arte devia existir por si só, e não por subterfúgios, como o amor, por exemplo. O primeiro grupo de parnasianos de língua francesa reúne poetas de diversas tendências, mas com um denominador comum: a rejeição ao lirismo como credo. Os principais expoentes são Théophile Gautier (1811-1872), Leconte de Lisle (1818-1894), Théodore de Banville (1823-1891) e José Maria de Heredia (1842-1905), de origem cubana, Sully Prudhomme (1839-1907). Gautier fica famoso ao aplicar a frase “arte pela arte” ao movimento.

Em conclusão: Sabedura? Mas que triste figura ;-(

http://assazatroz.blogspot.com/2010/09/o-cavaleiro-da-triste-figura.html

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