Acordei tresmalhada – mulher que sonha com Newton mais a macieira da lenda gravítica a poucos minutos de abrir para o dia as pestanas não pode estar sã. Algum bicho incubou larva em ninho cerebral identificado, conquanto ignoto o lugar da procriação. A macieira, juro porque ‘vi’, era árvore pequena num bosque de outras centenárias. Encontrá-la foi demanda longa, maior que a do Santo Graal.
Carvalhos de seiscentos anos, faias de trezentos, teixo de mil, castanheiro que dum milénio passou. Senhor ilustre que de lado nenhum conheço, Brian Muelaner, disse: _ “Ficar perto de uma árvore antiga, que viveu séculos de história, pode ser uma experiência de humildade.” É verdade – sem dispensa da ordem precária, passam no largo, incomparavelmente mais avantajado que o meu. Idear a morte não me aflige, mas testemunhar vidas milenares deixa-me mais pequena que no momento do arribar da consciência lógica. Se árvores velhas morrem majestosas, hirtas e enramadas nas copas cheias, o ser humano minga com o deslizar do tempo enguia, fugidio como ela ou peixe.
Newton, o génio que no campo buscou refúgio da cidade malsã, surge como símbolo de quem esbraceja contra a penúria vivida e a pior anunciada. Outra interpretação do sonho espreita: vontade de encontrar a raiz do talento que de poucos faz maiores no caldo anónimo. Não é delírio este sinal de utopia falhada? Mal digerida? Ou ambição de o próprio resistir à dúvida de chegar a horizontes longe? Nem com par de doses de cafeína curta e quente encontrei resposta. Nem esperava. O mistério dos sonhos é substrato para interrogações e procuras e crescer.
Como vai sendo hábito, a criatividade no título e nos termos, e nas imagens, é chamariz que se repete.
E é sobre isso que se nos ocorre discorrer.
tresmalhar v. tr. 1. Deixar cair ou perder as malhas de. 2. Deixar escapar, perder. 3. Pôr em debandada, pôr em fuga precipitada e desordenada. v. intr. e pron. 4. Escapar das malhas da rede. 5. Deixar de estar amalhado; fugir da manada. 6. Perder o rumo. 7. Fugir em debandada.
Sem fugir em debandada e sem perder o rumo, ficamos quase múmia a contemplar a bela tirada "É verdade – sem dispensa da ordem precária, passam no largo, incomparavelmente mais avantajado que o meu".
E abre-se-nos a vontade de ir ao pequeno, que já são horas. Não sem antes voltar a interrogar as penas do pincel do Tony - Que raio de tratamento é esse, que certamente poderá compensar dos tresloucados impactos da tão malvada (e que às malvas fosse) da NATO cimeira? Será que está tudo pendurado sobre as cabeças de quem fica atordoado por todos estes esquemas maquiavélicos de segurança e contra-segurança?
Junto com o café, lá vai receita:
Maduras, doces e suculentas são prenúncios de prazeres de amor, sobretudo para aqueles que procuram um parceiro. Verdes e ácidas, uma contenda, discussões e discórdias. Sonhar que se tem uma maçã na mão, ou que se a come, anuncia que a sorte reservada a seus projetos estará em função do frescor gosto e aroma desta fruta. Mas uma maçã caída sugere o fracasso de um projeto amoroso. Finalmente, uma maçã podre prenuncia numerosos desentendimentos. Plantar- grandes dificuldades para realizar desejos. Colher- você terá grande alegria por ter ganho um negócio, a despeito dos invejosos. Comê-la- ódio e infidelidade; cuidado.