Autor que não foi possível identificar, Blas Gallego
Teclas com nome no e-mail, ainda que não saiba qual o rosto expedidor – velha e mentirosa história «zinha» portuguesa dos amigos dos meus amigos são – enviaram-me dois forwards/correntes. Contra o costume de apagar imediato, quiçá por remanso benevolente, abri. No primeiro, constava:
“O Santo do Impossível.
Por favor não cortes, e dedica 5 minutos. Enviei-te com a convicção de que não me enganei. O verdadeiro amor é aquele que sabe tudo sobre nós (irmãos e amigos), e segue estando a teu lado. Dia de Santo Expedito com muita fé. Santo Expedito, o Santo do Impossível. É uma cadeia a Santo Expedito; pede o que necessitas concretamente; realmente é muito milagroso... (não a cortes, é 1 segundo!)
‘Santo Expedito amo-te e preciso de ti, estás no meu coração, abençoa-me e abençoa a minha família, o meu lar, amigos e inimigos (porque com eles também aprendi), guarda os meus bens espirituais, sonhos e projectos, sê meu advogado e exerce a tua sabedoria para me defenderes dos problemas que padeço. Protege-me dos males que me cercam e afasta de mim quem me deseja a perdição. Hoje te peço que me concedas a graça de... (dizer o pedido) e comprometo-me a difundir o teu Nome e a tua capacidade de ouvir. Em nome de Jesus... Amém.’
Passa esta mensagem a 19 pessoas excepto tu e eu. Receberás um milagre em menos de 19 dias. Não ignores. Deus; através de Santo Expedito, abençoa-te.”
Tem que abençoar, digo, para tornar real o irreal do e-mail seguinte:
_ “Se és português e gostas de Portugal, tens o dever de actuar. Chega de aldrabices, roubos e gozos. Chega de desrespeito por quem trabalha e produz.
O Luís Nazaré afirmou bastar a privatização da RTP para não existir esta avalanche de cortes nas receitas e aumento de impostos. Em vez disso, o Governo aumenta em 30% a taxa audiovisual debitada na factura da EDP para fazer face aos ordenados milionários dos funcionários de primeira da estação. Exemplos:
- Judite de Sousa: 15.000,00 EUR / mês x 14 meses - Catarina Furtado: 25.000,00 EUR / mês x 14 meses - Malato: 20.000,00 EUR / mês x 14 meses - O escritor: 16.000,00 EUR / Mês x 14 meses - O chefe de programação: 17.000,00 EUR / mês x 14 meses
Entretanto, um casal que tenha 1 filho e ganhe no seu conjunto 800,00 EUR mês é-lhe retirado o abono de família.
Esta gente está no seu perfeito juízo? _ Não! Devem gozar. Até aqui, pensaram que éramos estúpidos. Agora, julgam-nos parvos. E se este orçamento passar a culpa é de todos que deixam o país ser gerido por provincianos que nunca geriram nada, que não sabem nada, que nos levaram à falência, que fizeram leis para fruírem de reformas múltiplas e deixarem o povo à míngua.
Vivemos na ditadura democrata dos ladrões. Venha o FMI. Venha Bruxelas. Venha Espanha. Venha a Europa inteira governar este país. Vendam e fechem a RTP. Deixem-nos viver dignamente. Deixem viver os nossos filhos por direito próprio." Mentalmente acresci: _ Basta de estrangulamentos «micidas».”
A ingenuidade subjacente, 'comove'. Ladainhas tradicionais endereçadas aos muitos santos ou, em particular, ao Santo Expedito de que jamais ouvira falar. De modo qualquer, ideias e fés pequenas, utopias patéticas. E o povo mais lustrado com direito a internet utiliza-a para orações a santos e «fezadas» que tanto podiam solicitar a graça de receber o Euro Milhões, como o prémio bojudo no programa do Gordo, não passasse este na 'malvada' RTP1.
Assim somos, assim estamos: perdidos em rezas e negações tão vazias como inúteis.
Sei que tenho. Faço por isso. Mas não me gabo, pois já me cá gabam há muito ;-))
Oblíquo para a esquerda (direita de quem vê de frente e diferente de quem vê torto) poderia ser algo daltónico perante o policromatismo da criatividade escrivada.
Mas é bem visível que, tal como suprime um 'meus amigos' e acha que está lá tudo (mas não está!), também não refere a outra parte da verdade (dos números) e admite que será oblíqua a leitura dessa 'inclinação'. Pois será, mas o resultado é aprumado como o fio com o peso pendurado e o fiel da balança mostra o peso desequilibrado.
Pirata-Vermelho - hummmm... Anda a ser meigo aqui com a «piquena». Estranho. Agora vamos mas é combinar o almoço lá p'ra baixo mencionado. Quando e onde? Julgava que eu rejeitaria? Nã!
Corrector - ciúme? O Pirata-Vermelho e eu temos demasiadas desavenças - não leia avenças que se enterra em ignorância - no histórico comum para não termos subido a grau de respeito difícil de alcançar. Depois, o Pirata sabe dizê-las e desmenti-las ainda melhor. Alinho, claro!, no dito e no desmentido.
Corrector - logo agora o You Tube aqui de casa deu em mudo! Tanto que gostava de entender essa "De camionis". Belo par fazemos os dois nesta desconversa de mudos! E o You Tube na reinação calada. Homessa!
Y'a un mariolle, il a au moins quatre ans Y veut t' piquer ta pelle et ton seau Ta couche culotte avec tes bonbecs dedans Lolita, défend-toi, fous-y un coup d' râteau dans l' dos Attend un peu avant de t' faire emmerder Par ces p'tits machos qui pensent qu'à une chose Jouer au docteur non conventionné J'y ai joué aussi, je sais de quoi j' cause J' les connais bien les play-boys des bacs à sable J' draguais leurs mères avant d' connaître la tienne Si tu les écoutes y t' feront porter leurs cartables 'Reusement qu' j' suis là, que j' te regarde et que j' t'aime
Refrain
Lola J' suis qu'un fantôme quand tu vas où j' suis pas Tu sais ma môme Que j' suis morgane de toi
Comme j'en ai marre de m' faire tatouer des machins Qui m' font comme une bande dessinée sur la peau J'ai écrit ton nom avec des clous dorés Un par un, plantés dans le cuir de mon blouson dans l' dos T'es la seule gonzesse que j' peux tenir dans mes bras Sans m' démettre une épaule, sans plier sous ton poids Tu pèses moins lourd qu'un moineau qui mange pas
Déploie jamais tes ailes, Lolita t'envole pas Avec tes miches de rat qu'on dirait des noisettes Et ta peau plus sucrée qu'un pain au chocolat Tu risques de donner faim a un tas de p'tits mecs Quand t'iras à l'école, si jamais t'y vas
Qu'est-ce qu' tu m' racontes tu veux un p'tit frangin Tu veux qu' j' t'achète un ami Pierrot Eh les bébés ça s' trouve pas dans les magasins Puis j' crois pas que ta mère voudra qu' j' lui fasse un p'tit dans l' dos Ben quoi Lola on est pas bien ensemble Tu crois pas qu'on est déjà bien assez nombreux T'entends pas c' bruit, c'est le monde qui tremble Sous les cris des enfants qui sont malheureux Allez viens avec moi, j' t'embarque dans ma galère Dans mon arche y'a d' la place pour tous les marmots Avant qu' ce monde devienne un grand cimetière Faut profiter un peu du vent qu'on a dans l' dos
mudo - de santinhos tais não reza história que não a do milagre da multiplicação do spam; abrasando a sardinha, basta-nos há séculos por cá um formidável santo antoninho que refaz os cacos, patrocina achados e perde meio mundo em nós carametadeiros para o santo destino de muito electrodoméstico e vário crédito mal parado em sortidos brindes e arroz aos noivos
- technicolor - subscrevo outros comentários, ainda não inventaram melhor que a sempiterna RTP, os chorudos ordenadões (mais aparentes em tempo de crise...) dos nossos figurões não chegam para a pontinha de uma estrela no passeio da fama de emissoras americanas et al, faltando-lhes muitos zeros no cifrão; além do mais, ou do menos, qualquer dos nomeados ganharia facilmente o mesmo ou mais em qualquer das outras TV nacionais - e aqui lembro entrevista do Herman a Balsemão, aqui há atrasado e em plena RTP, em que o patrão da SIC saca do casaco um contrato para levar o Herman em plena emissão... o panorama televisivo nacional seria melhor sem a RTP? mas é claro que, dependendo do (bom) preço, claro que se apoiaria a venda da RTP1, segundo critérios empresarias e sem golden share mas assegurando obrigações de serviço público a todas as TV
3D - a exploração do sensacionalismo e voyerismo, tão bem denunciada nesta crónica, tem infelizmente raízes e todos recebemos, por vezes até de quem esperaríamos algum cuidado e critério, mensagens pidescas de denúncias infundadas, não verificadas, não comprovadas ou incomprováveis e, além do mais, sem contraditório, sinal apenas de que a barbárie se propaga pelas redes virtuais como os salteadores pelas veredas medievais, com os seus autores, os seus mentores, os seus eco-reflectores e acríticos reprodutores, mais os nossos insondáveis temores, sob o diapasão dos mesmos estádios infra-civilazionais