Terça-feira, 23 de Novembro de 2010

A ZEBRA, O GNU E O HIPOPÓTAMO

  

Autor que não foi possível identificar, John Robert Davenall Turner, Massudy

 

Corria safari em África. Turistas ao molho artilhados com binóculos e câmaras de grito último nos mercados orientais, depois vendidas pelos cantos que o mundo tem. Esperavam o exótico, a ilusão de pioneiros num continente por descobrir. Talvez enchapelados com um ‘pralana’ de feltro, à escuteiro, ou equivalente em couro. Os chapéus putativamente usados pelos autóctones fazem o encanto de qualquer viajante, ainda mais se turista em visita de pacote.

 

Deviam estar em savana entrecortada por lago ou rio. Objectivo: ver, filmar vida selvagem consubstanciada num bando de gnus. A pés juntos, juraram águas infestadas por crocodilos. Eis se não quando, como cumpre em historieta bem contada, um hipopótamo, vindo de nada à vista, se apresta a salvar gnu bebé, carregando-o com gentileza até à margem. Dez minutos não eram passados, tragédia no mesmo local esperava zebra minorca. Repete o gesto solidário e ajuda-a a enfrentar a correnteza e atingir lugar seguro.

 

O guia da maralha, a maralha também, estupefactos por bicho considerado agressivo optar pela generosidade. Foi-se ver e o hipopótamo era fêmea. Tecidas loas ao amor maternal tão forte que das barreiras da espécie não quis saber.

 

Tenho outra explicação que me trouxe aqui: _ a solidariedade, o voluntariado quando o bem-estar de outros é fim maior acontece em qualquer sítio e com protagonista bicho. Curiosamente, o geral dos humanos, que até pensam e estabelecem raciocínios lógicos, demora a entender que servir os outros não é mérito, mas integra salvação pessoal – pela auto-estima, pelo enriquecimento que do estar disponível para ajudar advém. Afinal, «umbiguismo» saudável. Tão só.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

Do trabalho para o Monumental, Book House, estar com o mui querido Lauro António no lançamento do livro “Temas de Cinema” – 18h.

 

publicado por Maria Brojo às 06:40
link | Veneno ou Açúcar? | favorito
26 comentários:
De corrector a 24 de Novembro de 2010
E é verdade que a coisa está dura (e preta) e então vejam só as promoções simultâneas:

Livro da Semana
1001 Filmes para ver antes de Morrer...
Schneider, Steven Jay (Dir.Edit.e Coord.)
32,22 €
40,28 € -20%

Promoção da Semana
Temas de Cinema: David Griffith, Or...
António, Lauro
15,74 €
17,49 € -10%

Mas para defendermos o nosso 'pêlo' melhor seria mandar o 'Pralana' às urtigas e falar de chapéus (que há muitos!) e preferir o que é nacional e bom (até em filmes e misters de topo)

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Cultura/Interior.aspx?content_id=1294610

Já o putativo parece contraditório (como o era-ou-não-era?) pois creio que os ditos os usavam mesmo (e não-antes-pelo-contrário).

A cena delicodoce 'carregando-o com gentileza até à margem' é digna dum Louro António que 'só filmou p'ra vc'

http://www.dailymotion.com/video/xz3ep_hippo-saves-baby-impala-from-a-croc_animals

http://www.animalseatinganimals.com/2010/03/hippo-saves-on-dentist-bills.html

Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado nos seres humanos e outros seres vivos, em que as acções de um indivíduo beneficiam outro trazendo algum tipo de prejuízo para o próprio. No sentido comum do termo, é muitas vezes percebida como sinônimo de solidariedade. A palavra altruísmo foi cunhada em 1830 pelo filósofo francês Augusto Comte para caracterizar o conjunto das disposições humanas (individuais e coletivas) que inclinam os seres humanos a dedicarem-se aos outros. Esse conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as inclinações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou coletivas).

Além disso, o conceito do altruísmo tem a importância filosófica de referir-se às disposições naturais do ser humano, indicando que o homem pode ser - e é - bom e generoso naturalmente, sem necessidade de intervenções sobrenaturais ou divinas.

Na doutrina comtiana, o altruísmo pode apresentar-se em três modalidades básicas: o apego, a veneração e a bondade. Do primeiro para o último, sua intensidade diminui e, por isso mesmo, sua importância e sua nobreza aumentam. O apego refere-se ao vínculo que os iguais mantêm entre si; a veneração refere-se ao vínculo que os mais fracos têm para com os mais fortes (ou os que vieram depois têm com os que vieram antes); por fim, a bondade é o sentimento que os mais fortes têm em relação aos mais fracos (ou aos que vieram depois).

(cont.ªº)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Altru%C3%ADsmo






De Maria Brojo a 24 de Novembro de 2010
Corrector - para ler tudo devidamente escasseou o lazer. Tenciono voltar.

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