Gil Bruvel
Enfadam-me campanhas eleitorais. Candidatos ao poder afirmam-se os melhores, lustram galões puídos, brandem espada de antes do bronze, o mesmo é dizer de ferro carcomido pelo óxido de ferro III, a ferrugem comum, que a humidade desfigura. Por tal, quebradiça, incapaz de angariar votantes. Alguns acabam por atender o respectivo suserano, mais por reza/vício do que por fé. Os não crentes em senhores da terra que a receberam em mandato e tomam por bem oportuno consideram-nos figurantes circenses. Nem de protagonistas merecem o nome por ensaiarem papel destacado e nele representarem figuras tristes.
A democracia é tesouro. Quem dela usufrui benesses é sensato preservá-las. Mas que as instituições e instituídos reguladores mereçam respeito – não apaguem inépcias anteriores e actuais, não caiam no logro de reclamarem respeitabilidade imaculada pelos putativos bons serviços em favor do povo português. A história da galinha, o passado lutador, a competência económica no período do betão, a experiência nos corredores poderosos são paupérrimos argumentos que somente embaciam a confiança popular.
É necessário resistir aos insultos à inteligência individual, à fadista “Guerra das Rosas” para conservar a credibilidade democrática, para não ajoelhar perante o fácil ‘bota-abaixo’ de que o parágrafo primo faz prova. Agressões sistemáticas por quem pretende reunir condições de liderança têm efeito de salitre que até protectoras madeiras de castanho velho e chapas duras corroem.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros