Celebren Ithil, autor que não foi possível identificar
Na primeira década do XX, com a pena de Maurice Leblanc, nascia Arsène Lupin, o ladrão e cavalheiro mais famoso da ficção literária. Intrépido, sedutor - deixava atrás de si tapete entretecido com estilhaçados corações femininos -, não hesitava um pestanejo em socorrer os pobres e zombar da burguesia. Prazeres maiores: roubar, deixar à beira de colapso nervoso o Inspector Ganimard e o detective Herlock Sholmes (paródia à personagem do inglês Sir Arthur Conan Doyle que Leblanc aproveitou para sublinhar a velha disputa da França com a Ilha em frente).
A arma letal do Ladrão de Casaca era o engenho. Roubava com limpeza sem atrás de si deixar rasto de mortos ou feridos. Meliante que prezava ‘serviços’ perfeitos e não esquecia aviso aos alvos antes de lhes surripiar os pertences. Assim no real acontecesse!
Os meliantes que tentaram obter combustível de oleoduto mexicano aliaram inabilidade à ignorância. Porventura imaginaram bastar um furo e uma mangueira para a proeza ter êxito. Esqueceram o perigo e consequentes dimensões (in)imagináveis do acto: explosão no estado de Puebla, 27 mortos, entre eles uma dezena de crianças, 52 feridos, 5 mil desalojados, casas destruídas. Ludibriados pela má roda da fortuna, cerca de 50 imigrantes iraquianos e iranianos pereceram junto à ilha Christmas empurrados pelas ondas do Índico sem estrela ou farol que os guiasse. Natal matador para famílias inteiras por via do naufrágio e para os mexicanos que ladrões estúpidos/assassinos arrancaram à vida.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros