“Daqui até à eternidade” – George H. Smyth
“Passou-se”. Resposta à cortesia: _ “Foi bom o Natal? E o «Fim do Ano»?” O mesmo se perguntarmos pelas férias, fim de semana prolongado, aniversário, Dia da Mãe, do Pai ou do periquito. Escasso é um sim ou não convicto: _ Muito bem, obrigada! Mais frequente é ouvir: _ Sabes lá o que me havia de acontecer... A minha sogra amesendou-se na pata do Mourinho que ganiu e fugiu e fez abrir um lenho na testa do Joãozinho. Uma chatice!
Passou-se. Passaram. Lá foram - tibieza de um povo a meia distância entre o bate-papo com chopinho e o rigor da Europa Central e de Leste. Todavia, à nossa peculiar maneira, não somos destituídos de ambições. É transversal o desejo de ser rico. O acesso à displicência pelo dinheiro (defeito português incomum é a avareza), conjugar, com propriedade, o verbo ter. Deslumbre e fama. Ao de leve, acrescemos deixar os outros roídos de inveja - esta é venialidade associada ao “vamos indo menos mal...”
Depois, há a desaceleração. Da terra e da lusa ronha. As dezasseis horas do dia de há milhões de anos atrás, subiram para vinte e quatro. Na noite do réveillon, os relógios foram atrasados mais um segundo dos vinte e dois que desde os anos setenta foram somados. Num futuro longínquo valerá mil horas um ciclo diurno, um dia o atual mês e meio, um ano e tal será o nosso meio século. Resistindo os terráqueos (...)
Nota – Há breves instantes publicado aqui.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros