Vladimir Kush - Chaos Butterfly, Arrow of Time
Se à "Teoria do Caos", década e pouco atrás, coube o Nobel da Economia, foi a "Teoria do Jogo" depois premiada. Jogo. Caos. Sistemas aleatórios isentos de previsibilidade. Flutuações erráticas do universo ou consequência de um caldo inicial de condições?
Caricatura da "Teoria do Caos" defendia que o bater de asas de uma borboleta em Pequim originava furacão em Nova Iorque. Modelo elementar que ilustra o importante: a evolução de um sistema dinâmico depende das condições iniciais. Fosse possível regredir no tempo - o almejado “ó tempo volta para trás!” –, mudando as circunstâncias que ditaram um acontecimento, os caminhos assumidos seriam diferentes. Nas coisas e na vida. Como mão-cheia de berlindes caídos no chão. Por cada lançamento, diferentes as posições determinadas pelo cozinhado das infinitas variáveis.
A "Teoria do Jogo" envereda pelo princípio ação/consequência. Atitude gera atitude, comportamento, comportamento, ação, reação. Boa esta, sendo meritória a causa que a determinou. Simples e curto: do bonito nasce bonito, do mau vem crueldade. Da gestão sensata das boas ou más atitudes poderá surgir o equilíbrio. Verdade abrangente do trânsito à guerra, da economia à ética. Consequência: admitida a bondade desta teoria, querendo solidariedade teremos, primeiro, de fazer uso dela. Não é para me gabar, não senhora, que eu nem sou dada a essas coisas como a «peneirosa» ali do 11º B, mas tenham a fineza de acreditar que ainda garota, caracóis presos num laço, joelhos esfolados, já sabia bem demais que ou andava «direitinha», ou às bonecas dizia adeus. Ora bem! E, que saiba, de precoce não tinha pitada.
Não seja levada a ironia à conta de desdém. Da complexidade dos sistemas que a natureza engendra sei um pouco para dela abusar com galhofa. Todavia, o gosto de tornar acessível o tido por complexo tem destas coisas: pisar o ténue risco entre verdade e falsidade.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
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