Subindo a duna, na outra margem, horizontes com e sem margem. A rotação do olhar determina se uma Lisboa esvaecida pela neblina, se apenas mar. Quis ambas. Só assim o perto/longe tem sentido.
Passos adiante, o perto desdobra-se em areia, vegetação resistente à invernia passada, madeiras brancas limitando espaço.
Surpreende azul publicitário. O nome identificador era esperado. O azul, não.
Portas adentro, o branco. Detalhes, vidraças amplas que multiplicam o ver.
E a mulher sorri, ri com os olhos, agradece bondade amiga que a levou até ali. Maravilha-a a descoberta de mais um lugar inebriante deste solo português.
Sem macularem o branco dominante, notas de cor cruzam-no.
Enquanto é aguardada a refeição, a mulher capta e pede para ser captada em pixels, não se desvaneça na memória o visto. No conjunto, as unidades mínimas das imagens digitais ficarão em bom recato.
Regressando ao colorido, seria pecado ignorar o candelabro doutras eras ou desta, vá alguém saber. Podia ter indagado. Não o fiz. Contrariando a minha atávica curiosidade pelo que vejo e me intriga, desafiei-me ao pairar da interrogação.
Após refeição inigualável, centrei-me nas mostras do mundo vegetal que aguenta securas próprias dos areais.
Troncos como escultura. Brancos pela salinidade e pelos anos.
As acácias em flor nas dunas gostam de companhia. Nada têm de invejosas ou solitárias.
Como tão simples bem-aventuranças tornam feliz um ser!
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros