Pintar. Ilustrar sonhos. Se de crianças melhor sabe. Porque a ternura é muita, a técnica não é prioridade. A essência do ‘a fazer’ está na resposta a desejos verbalizados. Com infinito amor, escolher os pincéis e os óleos por estar decidida a escolha do tema - os infantes são mandantes.
Passada a adrenalina do novo, o interesse da tela dilui-se. Associar o feito a um conto, encaderná-lo artesanalmente e dar a ler à querida pequenada é ideia a alimentar. Palavras que da miudagem faça heróis e heroínas num mundo solidário, num mundo de encantamento.
Final feliz, sempre – desilusões a vida trará o que entender. E sem escamotear o lado triste do mundo, suaviza-lo como recurso ao entendimento de futuras aprendizagens sem a mesma doçura.
Ser criança é privilégio curto no tempo. Que a infância não seja estropiada por exigências em demasia, por incremento de espírito competitivo que não com o próprio, por disfuncionalidades familiares.
Os nossos filhos não têm no ADN gene que os obrigue a cumprir frustrações ou desígnios dos pais. Aceitar, ter como objetivo realçar o que de melhor a criança tem, exercer autoridade sem autoritarismos ociosos, dialogar muito, não fazer dos dias um «lufa-lufa» de obrigações sem tempo para o exercício do direito à brincadeira é preciso. E que o amor dos pais - escassos os incluídos neste enquadramento - não se traduza em primeiro lugar no objetivo de obter mais e mais metal vil. Se posto ao serviço de maior disponibilidade que acresça momentos de intimidade com as crianças/filhos,sim!
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros