Swallow, autor que não foi possível identificar Kathryn Wronski
Na história das sociedades, consta que períodos de crise ou dramáticos têm o dom de contribuir para a evolução dos povos também pela criatividade, até aí preguiçosa, que os humanos espevitam. Estando meio mundo afundado economicamente, a imaginação revela-se ilimitada e atenta aos modos de sobrevivência financeira que melhore condições de vida. É a velha estória de fornecer o que outros precisam e remuneram, mas, agora e muito adiante, estimulada.
O discurso sabido e redondo acima vem a propósito do ciclo que vivemos, da estranheza que gostos e hábitos doutras gentes provocam, de como utilizá-los em bens exportados e riqueza. Dá-se o caso do palato chinês apreciar como iguaria ‘ninhos de andorinha’. Os indonésios de Kumai, pobres e argutos, não hesitaram: apesar da insalubridade, em prédios exclusivamente destinados à procriação das aves, os «andorinhões», concentraram meios para os ninhos proliferarem. A «ideiazinha» resultou e têm a China disposta a pagar satisfatórias rupias para nos cardápios não faltar a iguaria.
Outro exemplo vem dum português. “O produtor Orlando Barroso ensinou os porcos que cria a farejarem as trufas pelas florestas de Boticas, vendendo depois esta espécie de cogumelo subterrâneo a 500/600 euros/kg para restaurantes locais e estrangeiros. Orlando Barroso é construtor civil mas, há cerca de cinco anos, tirou um curso de tubérculos e cogumelos e decidiu ensinar os porcos que cria em sua casa na localidade de Carvalhelhos a farejarem trufas”. Com porcos, cães, moscas ou pelo cheiro é detetado o ouro da gastronomia.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros