Na mitologia romana, de acordo com Arnóbio, Puta era uma deusa menor da agricultura. De acordo com uma versão, a etimologia do nome viria do latim, e seu significado literal seria "poda". Os festivais em honra a esta deusa celebravam a poda das árvores e, durante estes dias, as suas sacerdotisas manifestavam-se exercendo um bacanal sagrado (durante o qual se prostituíam) honrando a deusa. Estaria, portanto, explicado o significado corrente do termo "puta" e suas variações em muitos dos países de fala latina.
Voltando às divinas origens, o país agradece que as meninas de aluguer se entreguem de corpo e alma à agricultura nacional, colaborando em horário alargado com a deusa Cristas, podando tudo que se encontre em estado de abandono e passe então a dar fruto, havendo um único bacanal anual, sem férias nem feriados, a bem do défice e da competitividade.
Portugal finalmente salvo pelas divindades menores que, em vez de modestamente acalmarem os entesoados, levantariam heroicamente o TesOuro Nacional. Mas, hélas!, os gregos que se anteciparam nestas artes acabaram encalhados. Culpa da «mãe n'atura»?
«Uma passagem do Contra Neera, obra apócrifa atribuída a Demóstenes, coloca as seguintes palavras na boca do famoso orador ateniense: "Temos cortesãs para nos dar prazer; temos concubinas para com elas coabitarmos diariamente; temos esposas com o propósito de termos filhos legítimos e precisamos de termos uma guardiã fiel de tudo o que se refere à casa".»
E se deste modo foi (a)fundada a economia «liberal-prostituinte», o conselho: _ Toca a trabalhar, meninas!
Mr. Sandeman é uma canção (swing) de grande sucesso, escrita Pat Ballard e estreada em 1954 pelo grupo norte-americano The Chordettes, composto á época 4 jovens raparigas possuidoras de belas vozes e certamente com uma boa dose de educação musical, (as notas são perceptíveis em cada silaba, o que só com estudo é possível atingir). O tema trata de um pedido de alguém solitário de amores, (serve para qualquer sexo), que pede ao Mr. Sandman, ou seja um senhor imaginário que põe areia nos olhos das crianças para elas adormecerem, que lhe traga nem que seja só em sonhos um namorado ou namorada com vários requisitos físicos a contento, a que possa chamar seu ou sua. Duas das cantoras ainda estarão vivas, só por isso a autora do vídeo devia ter mais respeito pela arte alheia e não se esquecer de referir a interpretação das Chordettes. Pessoalmente, tenho pena de só tardiamente ter tido acesso a este tipo de música, já que na altura, quem não tinha posses para um gira-discos, só através da antiga Emissora Nacional poderia escutar este tipo de música que, julgo só esporadicamente a passaria. Obrigado á Maria do Céu por trazer aqui este interessante tema que, só por si, também é um sonho.
a.reis - porque adoro as Chordettes, em particular este Mr. Sandman, tenho publicado vídeos do grupo contemplando algumas das músicas que gravaram.
Amante do Jazz, o que não é o caso, o swing e os diálogos entre instrumentos musicais, fascinam-me. Ora, as Chordettes são exemplo acabado dum swing vocal encantador transposto para as coreografias que encenavam.
Desde pequena ouvia-as por via do gosto musical da minha mãe. A partir daí, a música dos anos quarenta e cinquenta acompanha-me.
Penso que o gosto por determinado tipo de musica é mais uma adesão por aprendizagem do ouvido. É justo e, uma forma de homenagear os artistas de que gostamos. A internet tem os seus perigos mas também é democrática. Tenho a experiência pessoal de adesão por esclarecimento á musica clássica que é coisa que muita gente não aprecia por não conseguir compreender sem ser ensinado. Tive a sorte de um ter conhecido um professor do ensino secundário que era um paladino solitário da musica erudita, o qual um dia nos deu, a mim e a outros colegas a oportunidade de escutar as Quatro Estações de Vivaldi e nos ir explicando o que ouvíamos e as imagens que surpreendentemente a musica transmitia.
a-reis - exatamente. Malgré ter origem numa família que respirava música, destaco o meu avô, o primo António Pinho Brojo tocador da canção coimbrã, de ter aprendido música e de também ter tido a sorte dum professor que utilizava a mesma estratégia que o seu, considero-me pessoa de diminuído conhecimento musical.
Penso que o gosto por determinado tipo de musica é mais uma adesão por aprendizagem do ouvido. É justo e, uma forma de homenagear os artistas de que gostamos. A internet tem os seus perigos mas também é democrática. Tenho a experiência pessoal de adesão por esclarecimento á musica clássica que é coisa que muita gente não aprecia por não conseguir compreender sem ser ensinado. Tive a sorte de um ter conhecido um professor do ensino secundário que era um paladino solitário da musica erudita, o qual um dia nos deu, a mim e a outros colegas a oportunidade de escutar as Quatro Estações de Vivaldi e nos ir explicando o que ouvíamos e as imagens que surpreendentemente a musica transmitia.
Hoje não acordou bem disposta e vá de obrigar as “meninas” a assinar um contrato unilateral com o governo da Cristas, em que estas teriam de trabalhar, ao que parece sem salário e sem horário, para os proprietários abstencionistas. Já não bastava o que está a acontecer com os trabalhadores da administração pública que, qualquer dia estão numa situação de pré-escravatura. Espero que o Coelho não frequente este blog, senão pode aproveitar a ideia e as meninas estão lixadas. Essa velha profissão continuará a existir quer queiramos ou não e, um bocadinho de afecto fingido e satisfação sexual comprada também é necessário. É preferível para diminuir as hormonas do que se atirarem a inocentes e a estupros violentos. Qualquer dia, alguma câmara mais avisada é possível que mande montar, em determinada avenida, algumas máquinas de substituição, do género daquelas de ginásio ao ar livre, sempre caçarão mais uns votos. Desculpe lá qualquer coisinha se não percebi o seu post. A.Reis
a.reis - percebeu lindamente, como sempre, aliás. E se o seu ponto de vista, em que eu não pensara, tem justeza. No entanto, introduzi a frase sarcástica "foi (a)fundada a economia «liberal-prostituinte». Todo o texto é irónico.
De facto, basta o que já basta neste país oprimido em que a vertente social é constantemente aviltada.
Ainda assim, considero que as «meninas» deviam declarar rendimentos da sua atividade como qualquer outro trabalhador.
Faz-me impressão de um dia poder constatar que as meninas poderão estar a ajudar a pagar as pensões aos reformados, além de provavelmente também estarem a sustentar os seus proxenetas