Maria Picassó
Se o mundo fosse uma sala de aula, a Espanha e a Itália seriam as meninas tagarelas «tasse bem», a França a aluna coquette, a China a marrona sem ajuda cujo sucesso só o sacrifício explica. O Japão dava para «cromo» sentado na primeira fila, a Inglaterra para o snobe de serviço. A Alemanha cumpriria o papel do disciplinado exemplar, mochila pejada de manuais, encostado á porta da sala de aula antes do toque da campainha. O Irão não engana: aluno metido consigo e de olhar arrevesado. Em todas as turmas há o gorducho pateta e rico, os EUA, claro!, os meninos pobrezinhos com direito a merenda à borla e a livros em segunda mão, da África, no caso. O grupo dos rufias dados a fanar o alheio e a fumaças proibidas seria da América Latina, os de Leste já foram os remediados com roupa de marca comprada na candonga.
Não há classe sem alunos mandriões de boné às avessas que gozam os atentos e recebem as más notas mascando chicletes num riso descarado, sem perderem o ar gingão. Não desligam o telemóvel, menos ainda nos testes - iam lá perder a cara zonza da professora que os apanha a receberem por ‘sms’ as respostas às perguntas? Não fazem trabalhos de casa, faltam às aulas para fintas e danças com a bola em que são exímios, curtem com as colegas que desviam para o shopping e partilham as «bejecas». Chegam atrasados às aulas de História e, por isso, repetem erros antigos. Medíocres em Matemática, nunca acertam as contas internas com as externas e das línguas estrangeiras aprendem o mínimo que desenrasque turista e engate miúdas. Uma vergonha de alunos! Porém, no papel de papagaios de boatos e anedotas que ridicularizem os outros não há pai para eles. Estes somos nós.
CAFÉ DA MANHÃ
Copenhaga, a capital da Dinamarca, é a cidade mais "verde" da Europa.
Kiev, a capital da Ucrânia, está no fim do índice europeu.
A capital da Lituânia, Vilnius, é o centro urbano europeu que merece louvor pelo esforço no sentido de um melhor ambiente.
A cidade de Curitiba, capital do estado brasileiro do Paraná, é considerada a mais verde da América Latina.
No outro extremo da lista, na região da América Latina, está Lima, a capital do Perú.
No bom caminho, é apontado o caso de Bogotá, a capital da Colômbia. Destaca-se o investimento, feito na última década, em transportes públicos amigos do ambiente.
Na América do Norte, os EUA tem o melhor e o pior. No lado bom, está S. Francisco.
No mau, fica a arruinada cidade de Detroit.
Vancouver, no Canadá, é a cidade desta parte do mundo que a lista elogia pelos ótimos resultados que consegue em várias categorias que compõe o índice.
Na Ásia, a cidade com melhor avaliação é Singapura. O índice enaltece o esforço de décadas em prol da qualidade ambiental.
Nos antípodas de Singapura, está Karachi. A cidade paquistanesa é a menos "verde" da lista asiática.
A cidade indiana de Deli merece realce, sobretudo pelo pouco lixo que produz - uma consequência dos hábitos de reciclagem muito arreigados nos que lá vivem.
No continente africano, há três cidades sul-africanas em destaque: Durban, Joanesburgo e a cidade do Cabo, na imagem.
Com uma pontuação muito abaixo da média, e muito mal classificada em matéria ambiental, está Maputo, a capital de Moçambique.
Este é um índice feito à escala global e que avalia a qualidade ambiental de mais de uma centena de centros urbanos. Na lista europeia, Lisboa está no lugar 19 entre 29 cidades avaliadas. O índice assenta na análise de cerca de 30 indicadores. Entre eles estão as emissões de dióxido de carbono, a energia, o edificado, o uso do solo, os transportes, a rede de água e de saneamento, a qualidade do ar e a política ambiental.
A elaboração da lista é da responsabilidade da Economist Intelligence Unit, com o patrocínio e colaboração da multinacional alemã Siemens. O propósito é dar contributos para a criação de cidades sustentáveis do ponto de vista ambiental. O índice abrange nesta altura cerca de 120 cidades de todo o mundo e, dizem os promotores, disponibiliza aos decisores locais uma série de dados que lhes permitem tomar melhores opções no sentido de tornar mais "verdes" esses centros urbanos.
Nesta galeria, imagens de cidades em destaque em 5 regiões do mundo. Em cada uma delas aparece o centro urbano que melhor desempenho ambiental apresenta, o que está no outro extremo, e ainda uma cidade cujo esforço nesse sentido merece sublinhado. Assim, e seguindo essa ordem, na Europa, temos Copenhaga, Kiev e Vilnius. Na América Latina, Curitiba, Lima e Bogotá. Na América do Norte, EUA e Canadá, destacam-se San Francisco, Detroit e Vancouver. Na Ásia, aparecem Singapura, Karachi e Deli. Finalmente, na África assinalam-se a Cidade do Cabo, Maputo e Accra.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros