Alberto Vargas
«Googlava», quando descobri lembrança. Como pude relatar baboseiras tamanhas? Arrenego-as. Que, republicadas, me sirvam de exemplo.
“(…) O que explica que tantas mulheres se queixem que não conseguem manter uma conversa com um homem? Ou melhor, que eles são incapazes de manter uma conversa com elas. Será que na geração dos telemóveis, dos SMS, da Internet e dos “chats” os homens se estão a tornar tão socialmente inaptos que matam a sua interlocutora de tédio em menos de cinco minutos? Sem eufemismos: será que se estão a tornar chatos, como admite a jornalista e escritora Sabine Durrant num ensaio publicado numa recente edição da revista Intelligent Life?
Estará de facto a espécie masculina a tornar-se mais enfadonha? A tentação de contestar pessoalmente a alegação é refreada por um sábio conselho que o presidente da Associação Comercial do Porto, Rui Moreira, me deu recentemente durante uma entrevista: “Se queres saber os teus defeitos, pergunta a uma mulher.” Afinal, já dizia o velho adágio, ninguém é bom juiz em causa própria. Palavra a elas, então.
Teresa Castro, autora do blogue “Sem Pénis, Nem Inveja”, não rejeita o confronto. “Um homem só entedia quando não adivinha uma mulher”, responde ao “Expresso”. “Falta ao masculino a dose de intuição equivalente àquela que faz parte do património genético das utentes de vulva e sentido extra acrescentado aos cinco tradicionais.” Dito de outra forma, falta-lhes serem mais parecidos com as mulheres.
A primeira estocada é forte, mas a segunda vai mais fundo na ferida aberta no ego masculino. “Os homens permanecem adoráveis crianças toda a vida. Para eles, salvo o dinheiro e a carreira, tudo é brinquedo: a líbido, as parceiras, o futebol mais as ‘bejecas’ e os petiscos, os catraios que engendraram e lhes servem de pretexto para voltar ao tempo dos comboios e do ‘pouca-terra, muita-gente.’(…)”*
M’envergonho! Disse.
*Artigo de Nelson Marques na ‘Única’
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