Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2015

O MELHOR É ASSOBIAR

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Elizabeth Austin

 

Bijutaria -– pequena obra feita com perfeição e destinada a enfeite ou adorno. Do francês bijou. O dicionário não se alarga, mas qualquer mulher diria mais. Adornar é o pretendido, mas são a cor e o frívolo a enfeitiçarem. Missangas, pedra, osso, flores, conchas e plumas, tudo serve na certeza da originalidade e pormenor fashion. Basicamente, acessório certeiro, a par da fenda na saia ou do botão despejado da casa, pode ser arma poderosa que Patton não renegaria ou estratégia mais avassaladora que a blitzkrieg.

 

 

 

Camisa entreaberta, e lenço curto de algodão rematando o pescoço, sugerem resistência partisan, emboscada, esperança na “França Livre.” Colar de pérolas recortado no colo despido pelo decote de um tailleur, é batalha de Stalingrado –- início de capitulação. De quem?

 

 

 

Jeans justos alcandorados em saltos, sem colar ou brincos étnicos, ficam tão desprotegidos como o Afrikakorps de Rommel. Já os bordados de duvidoso gosto nas honestas gangas, são kamikases (espatifam o requinte sem apelo nem agravo). É certo que o recheio dos jeans é tão decisivo quanto o talento do Montgomery. E é simples – existe ou não! Quando as curvas traseiras rematam pernas longas coladas ao tecido, lembram resposta ao ataque japonês à base havaiana de Pearl Harbor: declaração de guerra ao Eixo. Masculino, entenda-se.

 

 

 

As que pecam por excesso nos enfeites, se por um lado lembram abeto natalício tão decepcionante como um capilé morno, por outro são rés quotidianas do julgamento «nuremberguiano» das suas pares. E pior do que uma mulher a julgar outra, só mesmo um homem! Ao ritmo do fundo musical de Jonh Addison, "A Bridge Too Far", melhor mesmo é assobiar.

 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

 

publicado por Maria Brojo às 08:00
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Segunda-feira, 25 de Agosto de 2014

EM AGOSTO, LEITURAS AVULSAS

Chris Peters Snake – “Apples Books” (Still Life Painting)                                             “Drifting Away” by Mariska Karto

 

Ao emalar tralha para a primeira quinzena das férias, olhei livros por abrir. Dispensei-os. Nas minhas bibliotecas serranas, queria o reencontro com obras lidas e relidas. Fui-me a elas. Ansiava desfolhar páginas com notas escritas a lápis pelos ancestrais! Poisava o livro no regaço e quedava-me tentando adivinhar quais daqueles com quem, amorosamente, privei teriam selecionado frases ou passagens longas. Registo algumas.  

 

«Na mesa, era de uma elegância frugal que desmentia a procedência. Olhava para o bife com fastio tal e tamanha tristeza, que fazia lembrar Tertuliano, quando, meditando na metempsicose (transmigração), olhava para o boi cozido e dizia: "Estarei eu comendo meu avô?”»

Camilo Castelo Branco

 

"Os homens dizem que a vida é curta, e eu vejo que eles se esforçam para a tornar assim."

Jean Jacques Rousseau

 

"Porque eu sou do tamanho daquilo que sinto, que vejo e que faço, não do tamanho que as pessoas me enxergam."

Carlos Drummond de Andrade

 

Da Minha Aldeia

“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não, do tamanho da minha altura...

Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.”

Alberto Caeiro

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 

Ontem, faleceu Lord Richard Attenborough nascido em Cambridge a 29 de agosto de 1923. Em 1977, no filme “A Bridge Too Far” desempenha o papel do inesquecível lunático com óculos grossos. No “Jurassic Park” (1993), foi o visionário cientista Dr. John Hammond. Como realizador e/ou produtor, inúmeras películas atestam o talento de Lord Richard Attenborough. Com “Gandhi” (1982) recebe os óscares de melhor filme e de melhor realizador.

 

publicado por Maria Brojo às 06:59
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Quinta-feira, 16 de Fevereiro de 2012

UMA PONTE PERTO DEMAIS

Mati Klarwein, Philip Castle, Olbinski

 

Bijutaria - pequena obra feita com perfeição e destinada a enfeite ou adorno. Do francês bijou. O dicionário não se alarga, mas qualquer mulher diria mais. Adornar é o pretendido, mas são a cor e o frívolo a enfeitiçarem. Missangas, pedra, osso, flores, conchas e plumas, tudo serve na certeza da originalidade e pormenor fashion. Basicamente, acessório certeiro a par da fenda na saia ou do botão despejado da casa, pode ser arma poderosa que Patton não renegaria ou estratégia mais avassaladora que a blitzkrieg.

Camisa entreaberta, e lenço curto de algodão rematando o pescoço, sugerem resistência partisan, emboscada, esperança na França Livre. Colar de pérolas recortado no colo despido pelo decote de um tailleur, é batalha de Stalingrado - início de capitulação. De quem?

Jeans justos alcandorados em saltos, sem colar ou brincos étnicos, ficam tão desprotegidos como o Afrikakorps de Rommel. Já os rasgos de duvidoso gosto nas honestas gangas, são kamikases (espatifam o requinte sem apelo nem agravo). É certo que o recheio dos jeans é tão decisivo quanto o talento do Montgomery. E é simples: –existe ou não! Quando as curvas traseiras rematam pernas longas coladas ao tecido, lembram resposta ao ataque japonês à base havaiana de Pearl Harbor: declaração de guerra ao Eixo. Masculino, entenda-se.

As que pecam por excesso nos enfeites, se por um lado lembram abeto natalício tão decepcionante como um capilé morno ou chapéu de palha em Fevereiro, por outro são rés quotidianas do julgamento «nuremberguiano» das suas pares. E mais rigorosa do que mulher não amiga a julgar outra desconheço! Do que afirmo sou exemplo.

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:39
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