Quarta-feira, 7 de Dezembro de 2011

E VÃO TRÊS!

Scott Listfield, Halmagean

 

E vão três! Este é o número de planetas identificados, fora do Sistema Solar, propícios a acolherem vida tal como a entendemos. O interesse maior, além da descoberta científica per si, é situarem-se em não raras ‘zonas orbitais habitáveis’ – regiões próximas de uma estrela com temperaturas adequadas para existir água líquida. Na Terra, ocupa a vasta maioria da sua área: cerca de setenta e um por cento. Sem ela, é sabido, não sobreviveriam espécies vegetais e animais e o nosso planeta mais não seria que massa compacta, poeirenta à superfície tomando para comparação a Lua.

 

Com a descoberta rejubilam os cientistas ao preverem aproximar-se o momento de ser lobrigado planeta parecido com a Terra. O último, divulgado anteontem e sujeito a estudo pelos investigadores da NASA, orbita 290 dias no sistema em redor duma estrela pequena, fria, mas similar ao nosso bendito Sol.

 

Se em Maio, o Centro Francês de Investigação Científica anunciou a habitabilidade de um dos planetas que roda em torno da estrela-anã Gliese 581, três meses depois, Agosto, astrónomos helvéticos confirmaram a existência de um outro ‘exoplaneta’ - “planeta fora do Sistema Solar” - também em zona orbital habitável e de seu nome HD 85512b.

 

A sonda Kepler, desde 2009, cumpre a missão de procurar ‘planetas-irmãos’ deste que habitamos. Que a humanidade, num gigante salto de conhecimento da ciência e da técnica, engendre recursos para observar em detalhe e percorrer os 600 anos-luz que separam o «novo» Kepler 22-b da Terra. Sendo habitado, talvez constitua exemplo para energúmenos aqui nativos que, por incúria e/ou maldade, destroem o nosso planeta e prove aos terrenos não serem no Universo nem únicos nem maiorais.

 

(url)

  

CAFÉ DA MANHÃ

 

Sugestão da querida Amiga Dobra.

 

publicado por Maria Brojo às 07:30
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Domingo, 8 de Agosto de 2010

PASSAGEIROS DA TERRA

 

Edward Hopper

 

Realistas imaginativos, ambos. Retratavam as aspirações e a condição dos homens do seu tempo, em telas o mais velho, com humor o outro. Um falecido em 1967 quando o segundo atingia patamar elevado no apogeu da carreira. Nada lhes escapava à observação acutilante: o isolamento urbano, o pântano do homem sujeito ao lodo que o manietava.

 

Edward Hopper e Raúl Solnado, este desaparecido há um ano certo. Pintor e actor, respectivamente. A arte de pintar a América do vazio, a desolação de vidas anónimas incomunicantes, edifícios enormes e devolutos, gasolineiras, ferrovias, hotéis, foram de Hopper. O Raúl, ao invés, pintava arco-íris nas vidas portuguesas que unia e, pelo riso comum, modelava na crítica social. Mister com feliz memória.

 

Nas Artes, deixaram legados. Fruamos destes e doutros enquanto passageiros da Terra. A eternidade, se a quisermos, existe em cada instante. A outra? Deixando a carruagem dos vivos, saberemos. 

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

 Mais dois vídeos da Dobra. Excelentes. Ensina-me, Amiga! Por favor.

 

publicado por Maria Brojo às 08:27
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Domingo, 11 de Julho de 2010

CEBOLAS MELADAS SEM TAÇA

Mel Ramos

 

Aprecio boas companhias. Sem que ‘boas’ signifiquem dotes corporais substantivos. Ou também, que a beleza não enjeito. O meu critério foge como enguia aos padrões: beleza convencionada raramente encanta porque normalizada como fruta brilhante isenta de senão. Ora, é o senão que apita o desafio. Entro nele bem ou mal equipada. Na cabeça o conteúdo, do tronco o coração e dos membros os gestos. Espero no outro adversário bom, real e metaforicamente. Por bom entendo melhor que eu, portanto aumentado o leque das escolhas. Regra única: não a ter. Regras são como formas para bolos ou pudins - limitam. Enfadam no arrumar. Tolhem a luz que encadeia e torna o jogo dialogado momento único, sem pontificar qual dos interlocutores arrecada a taça. A bola salta de um espírito para o outro, atirada com precisão, arte, gozo e infinita graça. Brinca com a argúcia. Eleva a criativiadade. Irrelevante a duração da ‘contenda’: relógio parado na contagem dos minutos em cada uma das partes.

 

Companhias que remetam o ‘boas’ para milho ou para o ‘giro’ comum, são como alho chocho ou cebola melada por dentro – secas, pegajosas, insonsas. Secas ao debitarem pregões; pegajosas pelo ego empanzinado; insonsas se extremam a brandura ou lentidão no ‘passe’.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 11:41
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