Mati Klarwein – Barcelo Family(1995) Mati Klarwein – Schulte Family(1989)
Desde que o ‘pega-monstros’ chamado crise nos agarrou, menos divórcios dão entrada nos tribunais e notários. Explicações, muitas. Algumas: se o rendimento mensal de dois não chega para dividir contas, um ainda menos; processos que envolvam advogados e custas estão fora do alcance da vasta maioria das bolsas conjugais; casais/amantes cujo afeto sólido mais ordena reforçam a ligação neste tempo medíocre em benesses - preocupações bastam as bastantes e acrescer outra é como sardinha a mais na carga de quadrúpede asinino. Assim sendo, as conjugalidades vão-se arrastando, ficando, quiçá, fortalecidos elos nos casais, mais pródiga a maré da vontade de solucionar desavenças – se tem que ser, que seja o melhor possível.
Talvez finda a saison do fast food, uma sopa bem confecionada alimenta saudavelmente várias bocas e é mais barata, do fast sex, obriga a jantarinhos, copos, preservativos e rendas telefónicas, do fast life, ‘pede agora, paga depois’. Historicamente, em tempos recessivos há evolução social. Que a mais-valia da cola dos sentimentos positivos traga às famílias entendimentos novos e harmonias reais.
CAFÉ DA MANHÃ
E. Segal - Afternoon Street Café
Na continuação do artigo publicado aqui no SPNI, mais algumas expressões cujo significado e origem são descritos nos pacotes de açúcar que publicitam o café Chave D’Ouro.
“Ter para os alfinetes”
- Significado: ter dinheiro para viver.
- Origem: em outros tempos os alfinetes eram objetos de adorno das mulheres. Daí que a frase significasse o dinheiro poupado para a sua compra porque os alfinetes eram muito caros.
“Engolir sapos”
- Significado: ter de ouvir caldo ou fazer algo contrariado.
- Origem: a invasão de milhares de rãs numa das pragas do Egipto. Os animais não apenas invadíamos ambientes – cozinhas, quartos, casas de banho – como também os pratos dos habitantes do reino. Daí a expressão “engolir sapos”, ou seja, suportar situações desagradáveis sem qualquer manifestação.
“Casa da mãe Joana”
- Significado: lugar onde impera a desordem, vale tudo, lugar ode todos podem entrar.
- Origem: Joana era condessa de Provença e rainha de Nápoles (Itália). No séc. XIV, aos 21 anos, regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, França, onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: “o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar”.
“Dentada de cão cura-se com pelo do mesmo cão”
- Significado: conselho em que se propões que se use como remédio/cura o mesmo agente inimigo que nos provocou o mal.
- Origem: tradução de uma expressão inglesa “You may cure the dog’s bite with its fur”. Originalmente, referia-se a um método de tratamento da raiva que se pensava que curava colocando o pelo do cão sobre a ferida.
“Uma odisseia!”
- Significado: acontecimentos imprevistos, aventurosos ou de algum modo singulares.
- Origem: tratando a ”Odisse(é)ia de Homero do regresso pleno de percalços e dificuldades de Ulisses à sua terra natal, Ítaca, a expressão anda à volta disso mesmo.
“Caiu o Carmo e a Trindade”
- Significado: desgraça, aparato, surpresa, confusão.
- Origem: durante o terramoto de 1755, ouviu-se um enorme estrondo por toda a cidade de Lisboa. Quando os habitantes descobriram qual tinha sido a causa da barulheira, logo disseram “Caiu o Carmo e a Trindade”. Isto é: desabaram os conventos do Carmo e da Trindade.
“Muita m****”
- Significado: expressão muito utilizada nos meios artísticos como forma de expressar sucesso e felicidade a um colega.
- Origem: nos séculos XVI e XVII, a maioria dos frequentadores de espetáculos pertencia a uma classe social que se deslocava em carruagens puxadas por cavalos. Quanto maior era a assistência, mais carruagens circulariam na rua do teatro, gerando assim uma maior quantidade de excrementos de animal nas ruas.
CAFÉ DA MANHÃ
Mati Klarwein
Desde que o ‘pega-monstros’ chamado crise nos afundou, menos divórcios dão entrada nos tribunais e notários. Explicações, muitas. Algumas: se o rendimento mensal de dois não chega para dividir contas, um ainda menos; processos que envolvam advogados e custas estão fora do alcance da vasta maioria das bolsas conjugais; casais/amantes cujo afecto sólido mais ordena reforçam a ligação neste tempo medíocre em benesses; preocupações bastam as bastantes e acrescer outra é como sardinha a mais na carga de quadrúpede asinino. Assim sendo, as conjugalidades vão-se arrastando, ficando, quiçá, fortalecidos elos nos casais, mais pródiga a maré da vontade de solucionar desavenças – se tem que ser, que seja o melhor possível.
Parece terminada a saison do fast food, uma sopa bem confeccionada alimenta saudavelmente várias bocas e é mais barata, fast sex, obriga a jantarinhos, copos, preservativos e rendas telefónicas, do fast life, ‘pede agora, paga depois’. Historicamente, em tempos recessivos há evolução social. Que a mais-valia da cola dos sentimentos positivos traga às famílias entendimentos novos e harmonia real.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros