Barclay Shaw
Pendentes encarnados suspensos nas janelas dos prédios lisboetas. Nadas comparados com as bandeiras febris e nacionais/nacionalistas da era Scolari – aqueles esparsos, estes disseminados no país inteiro em idos de boas e más lembranças. Dizem os primeiros vendidos com o beneplácito do Patriarcado. Euros a troco, não me souberam dizer, de quê meritório. Tentei indagar junto das fontes próprias. Resultado nulo. Mais soube: as cópias made in China distinguem-se das originais pelo inscrito “Feliz Navidad”. Espanholada festiva à mistura com parapeitos lusos é obra!
Séria e à séria é obra outra: Mala Solidária. Dizer anexo na informação inclusa: “Se você é mulher solidária, use-a com orgulho!”. Em parceria com a Tela Bags, a Fundação AFID – Diferença, instituída pela Associação Nacional de Famílias para a integração da Pessoa Deficiente – criou arte andante. Pinturas impressas em tela resistente. Autores: artistas seleccionados, entre os muitos excepcionalmente diferentes, que a AFID representa e contempla. Os fundos gerados com a venda da Mala Solidária revertem integralmente a favor desta instituição.
A que me foi ofertada, verdes musgo, terra e relva, veio de quem, com afecto, entende a mulher que é e, por acaso, escreve. Botas de camurça, tom condizente e arquivadas por falta de paciência para compra de mala condigna, sairão à rua. Com orgulho e gratidão, usá-la-ei.
Nota: a Tela Bags cria malas inovadoras a partir de telas de PVC usadas. Ao aproveitar este material, evita destino certo: o aterro. Explora, criativamente, potencial durável e gráfico.
CAFÉ DA MANHÃ
Na véspera da Consoada, por via do querido Amigo Justo, desejo a todos os leitores do SPNI tempo feliz.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros