Camões por Ricardo Campus e D. Sebastião por Costa Pinheiro (Tapeçaria de Portalegre)
Por esta época e anualmente, são feitas previsões meteorológicas do ciclo estival. Férias escolares significam remanso das famílias e dos cidadãos em geral. Período de sol e mar ou de ir para fora cá dentro ou fora mesmo ou «dentro-dentro». Ninguém cuida de antecipar o clima outonal, invernoso ou primaveril. Nestes ciclos, a maioria das gentes está engaiolada nas paredes laborais ou em busca de trabalho que a cada dia falta mais.
Logro primário o idear dalguns centrados nos umbigos de privilégios de estarem em ócio os desempregados de curta ou longa duração. Simples operação de multiplicar a instabilidade sentida basta para compreender o estendal de desconfiança, desesperança, desespero de quem foi privado do direito ao trabalho e à dignidade pessoal. Pior: nenhum trabalhador a salvo desta maré negra.
Dos direitos básicos conferidos aos humanos, estão os portugueses reduzidos a um – liberdade de expressão. Isto por ora, que o amanhã ao Olimpo pertence. No desgosto generalizado que um Portugal servil dos interesses da «estranja» inspira, apenas é possível futurar onda de fogo posto que o restante destrua. No entanto, como povo, temos peculiaridades a realçar: somos os únicos neste mundo que têm como símbolo nacional um poeta em vez dum guerreiro, dum rei ou duma revolução. No caso, Camões. Sem data de nascimento conhecida, pobretanas, cego, náufrago, prisioneiro, pensa-se ter morrido por volta de 10 de Junho. Analisando bem, vida/resumo de infelicidade. Analisando ainda melhor, justificado o símbolo pelo atavismo desgraçado que a história deste povo representa. Acresce fiarmo-nos, e já lá vão trezentos anos, no regresso nublado dum rei que deixou órfão este povo e poderia resgatá-lo.
Hoje, o mito sebastianista consubstancia-se ainda na espera dum salvador da pátria que desfaça o enguiço em que continuamos mergulhados.
CAFÉ DA MANHÃ
Agostinho da Silva - Instruir, Educar, Reformados, Camões e Pessoa
Bryan Larsen
“Por alguma razão as escolas Jesuítas têm formado muita gente notável, em conhecimento e em caráter.
Trata pois o texto de cuidar do incentivo aos professores para ensinar, sem o qual, a aprendizagem é ineficiente. Quantos professores sabem transmitir a paixão pelo conhecimento, pela descoberta? Quantos professores se empolgam e comovem pelas descobertas dos seus alunos? O que é que vale a pena ensinar? Haverá incentivo outro, além do salário nas sociedades atuais? Com a produção de conhecimento em contínua espiral, não estamos a perder a noção do essencial? Essa avalanche do conhecimento não nos está a conduzir à mortífera especialização? À sociedade dos que sabem muito de muito pouca coisa! Não é irreversivelmente destrutivo que cada um no seu mister desconheça o impacto global da sua ação focada exclusivamente num contexto restrito?
E quem deve decidir o que se deve aprender? O Estado? Os Pais? Os alunos?
Defendo uma escola capaz de formar livres-pensadores, que sejam eles próprios, adquiridas as ferramentas necessárias, capazes de decidir por si o que querem aprender e com quem.
Terei que referir o inevitável Agostinho: “Ainda um dia haveremos de fazer uma Escola onde cada um aprenderá o que necessita de saber”. Quando tal acontecer, estaremos muito perto da autêntica Liberdade!
Sem bons professoras(as) estaremos todos perdidos!”
CAFÉ DA MANHÃ
Apesar de longo o vídeo, merece ser visto até ao final.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros