Mais importa falar de afectos que das frivolidades mediáticas. Descartáveis. Precárias. É exemplo o declarado “morrer na praia” de Miguel Cadilhe acerca do inquérito parlamentar sobre a intervenção do Banco de Portugal no BPN. Quem o irá lembrar daqui a meses? Ninguém! Ressalvo oportuno arremesso eleitoral.
Ele não é um homem de risos genuínos. Alguns assomam quando a infelicidade alivia o peso. Escassos. Como a raridade dos momentos que lhe satisfazem a exigência do que diz fazer melhor: amar. Acrescenta:
_ só o absoluto conjugado a dois me torna feliz. E rio, e brinco, e sinto-me Homem. Sem isso sou a minha parte menor.
Mas não é aos olhos da amiga. Custa-lhe vê-lo curvado pelo saco de tijolos que arrasta. Diz-lhe do intelecto e do humor e da disponibilidade que fazem dele afecto maior. Amor romântico ou paixão sem lugar entre os dois.
Partilham, distantes três centenas de quilómetros, alegrias e tédios quotidianos. Nada escondem do relevante que lhes atravessam os dias. Ele triste. Ela feliz quase sempre. Diz-lhe confundir alegria com felicidade.
_ Ninguém pode ser feliz tantas vezes!
Engano _ pode quem não desiste de fruir do bom e retirar substância às miudezas. E ela, pela matriz que a determina e reconstrói, não se acobarda ou resta passiva. Vai à luta. Guerreia os momentos até deles extrair o suco da alegria. Da felicidade. Talvez miúda. (Sor)Ri com verdade. O amigo não. Guerrilheira destemida também na conquista do verdadeiro riso que tanto anseia desenhar os lábios dele.
CAFÉ DA MANHÃ
Your Song - Moulin Rouge
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros