Alyson Weege, Amanda Besl, Deborah Poynton
Cantando, Buika afirma: “las distancias apartan las ciudades / las ciudades destruyen las costumbres”.
Será que nas cidades a morada da alma ganha vulnerabilidade? Propicia que o indivíduo furte terreno ao todo? Que fique romba a ética? O anonimato urbano favorece desmandos? Não creio. Imitando quem pariu a do “estou a ver que tenho de meter a tua mãe no assunto”, o mesmo digo aos humanos – Eva devia estar louca (puta era impossível por falta de alternativa)! Os filhos que gerou caem na irreflexão como moscas em pote de mel. Facilmente vazam instintos primários. Justa pertença à categoria de animais, distintos dos outros pela racionalidade nem sempre atendida, menos ainda crescida.
Uma sociedade de pressa e competição, de virtualidade e artifícios não valoriza o “leite da ternura humana” falado por Shakespeare. E se nas cidades escasseiam vagares para a ternura e análises críticas individuais, nas aldeias e pequenas vilas é a censura vigilante que circunscreve atitudes. Incapaz, todavia, de impedir o marido do uso da enxada para escavacar a mulher ou o vizinho. Violência sem coutadas. Excluído serem modestos lugarejos ninhos propícios ao estado de pureza dos bons selvagens que os habitam. Escreveu Rousseau que “o homem nasce livre, e em toda parte é posto a ferros”. Não naturalmente bondoso, digo, como também prova a tendência para a asneira e malvadez de tantas minúsculas criancinhas, rurais ou citadinas.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros