Autores que não foi possível identificar
“Da sanzala para o mundo” veio Eusébio da Silva Ferreira que hoje comemora setenta anos. Foi responsável por muitas alegrias do povo português em tempo de desespero. É dito ser inspiração para musical encenado por Carlos Fragateiro que, deseja, reproduza o ambiente de um estádio, com cantores, actores e acrobatas, porque o futebol também pode ser isto.
Podemos desvirtuar a data, dar-lhe somenos importância por se tratar de um ‘homem da bola’. Injustiça - nenhuma actividade é menor quando cumpre o sonho nacional de levar longe o nome do país. E todos precisamos de alegria e esperança chegue donde chegar desde que talento e mérito o justifiquem.
Curiosidade: além de trazer para o desporto crianças e jovens arredando-os doutros caminhos, foi mito no mundo, em particular para Andrea Bocelli. A história adaptada: Bocelli sofria de glaucoma congénito e, lentamente, perdia a visão. Aos doze anos, jogava futebol, foi atingido na cabeça, perdeu definitivamente a visão. O ídolo de infância era Eusébio da Silva Ferreira. Quando Andrea Bocelli se tornou famoso, foi Eusébio que o quis conhecer: as posições inverteram-se.
Hoje, o ‘Pantera Negra’ celebra aniversário e é homenageado na Luz também pelo lançamento do livro escrito por João Malheiro que afirma: _ “Pretende ser uma «biografia popular e barata» do «maior jogador português de todos os tempos». Cavaco Silva e Luís Filipe Vieira assinam os textos de abertura e o prefácio é do maestro António Victorino d’Almeida.” Algumas «têvês» ajudam à festa – “a TVI emite um especial com Judite de Sousa a entrevistar Eusébio no restaurante A ‘Tia Matilde’, onde almoça há 50 anos; a RTP terá às 21h outro especial com Cecília Carmo a entrevistar ‘O Rei’.”
Parabéns Eusébio!
CAFÉ DA MANHÃ
Damon Denys, Ennio Montariello
Num dia, numa noite, num sonho, a menina inaugurava outra inocência – gosto novo interrompeu momento. Aconchegou as coxas. O sábio instinto apertava-as mais um pouco. Ignorava o que advinha. Mas apertava as pernas de seda infantil sem mais saber. Ondas de prazer desconhecidas tremiam-na. E ela ia com os fluxos repetidos. Vazias ondas cerebrais, em tumulto as do corpo. Quando o vir e ir terminou, quando a lucidez tornou, sobreveio inquietação – que fazer daquele sentir nascente? Deixou-se ficar gozando o orvalho cujo nome não sabia.
Mais tarde, prazeres semelhantes acudiam inesperados. Interrogava a menina qual a razão de instantes/séculos que dela faziam outra sendo a mesma. Atenta, percebeu a reacção do corpo quando a surpresa chegava. Como se movia. Donde vinha. Que fazia sem fazer. Tomou a iniciativa – não era garota de esperar futuros. Reproduziu o sentido. Soquetes brancos e pernas nuas no estio que ainda não era. Vestido curto terminado com folhos. Amedrontava-a dependência do não controlado. Experimentou a posição iniciática, o ritmo das coxas - nada. Relembrou detalhes do sonho, do que fizera sem saber que fazia. Voltou o ribeiro alegre que dos penedos e seixos no leito ria em cascata. Sem que o adivinhasse, fez-se mulher nesse dia.
CAFÉ DA MANHÃ
Na minha Piazza di Spagna, Trinità dei Monti em cima, sempre retorno.
CAFÉ DA TARDE
Cortesias do Cão do Nilo e Veneno C..
Max Middleton
No spot publicitário ela ou ele pedem beliscos como forma de se reconhecerem acordados e não protagonistas de sonhos/ilusões. A base é presença na exposição de Xangai a bordo da fragata Vasco da Gama. Quem dera sorte idêntica!
Tema da nossa representação: "Uma Praça para o Mundo, um Mundo de Energias ". Pavilhão de Portugal revestido a cortiça congeminado por Carlos Macedo e Couto. Um dos 15 mais vistos, em duas centenas. Cativa os chineses. Divulga preocupação com uma economia sustentável. Dentro, quinhentos anos da relação Portugal/China. Arrojo na concepção arquitecta, nos menus alvo de degustação a lembrarem sabores e ingredientes tradicionais. Falta o bacalhau; presentes os pastéis de nata que, mornos, deliciam os visitantes. Como em Londres e noutras partes deste mundo pequeno.
Mariza, os Amália Hoje, folclore minhoto enfeitaram a delegação/plataforma de negócios com a majestade económica da China. Também eles, travo e canela. O fado, enigmático para o Oriente, seduz pela nostalgia vocal ou pela melodia. E há os cinco séculos de presença tímida e nossa no País do Meio que tanto inovou e o Ocidente recolheu. Prosaica, desajustada talvez, a referência de uma, entre muitas, dívida à China: o papel de higiene íntima. Folhas perfumadas, dimensões de 90x60 cm, mais tarde reduzidas e transformadas em rolos pelos irmãos Scott. “Aquilo que não é mencionável”, segundo os ingleses de antes do XX, é conquista civilizacional. Badalhocos e longínquos idos em Versalhes, na Velha e Boa Europa, foram ultraje a civilizações mais limpas. «Chinocas» são chineses. Menosprezá-los, bem como o empreendedorismo provado, é contrafacção do real.
CAFÉ DA MANHÃ
Autor que não foi possível identificar
Olha a desgraça! Trabalha e rosna e ronha povo inteiro. Sai desgrenhado da cama. Em pijama, engelhado pelas voltas insones na cama, mira-se ao espelho _ olheiras até meio da face. Engole desjejum porque é ido tempo de o pagar na leitaria da esquina. Sabe da moinha na cabeça que sol e caloraça não disfarçam. Liga rádio ou televisão como despertador dos sentidos. Ouve:
_ Portugal à beira de ruptura financeira. Espanha, Itália e outros da 'Zona Euro' ao molho no mesmo saco de gatos. Endividados até ao pescoço. Sócrates e o clone Passos Coelho em reunião apressada.
Pelas sete e vinte da matina, Peres Metelo clarifica: ou o governo e a oposição se entendem enviando sinais credíveis para os lojistas de penhores internacionais, ou o ataque do dólar ganha a batalha. E o desgraçado, a custo cumprindo despesas fixas mensais pela ameaça de 'adeus gás', duches quentes, luz e água corrente, mais a prestação da casa e do automóvel comprado em terceira mão, rasteja até à fatiota que tapa vergonhas e desânimos.
_ Ora se trabalhei ror de anos, nada roubei ou omiti ao fisco, porque raio tenho dívida de quase vinte mil euros por ter nascido português?
ortados
Chegado ao emprego, rosna e ronha _ não tem motivos para empenho. Produz mínimos. Tem razão.
CAFÉ DA MANHÃ
Que do vídeo sejam esquecidos «Jesuses» e pombinhas.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros