“Títulos de filme saíam das páginas brancas de finos cadernos, e as cores pousavam em pequenos bilhetes de letras gravadas. Era o ritmo das ondas que sempre diziam de memórias de crescidos deuses, até no latido quase silencioso de ruas ascendentes. Regresso e ida eram apenas monograma em prata de um dorso grafitado, afinal tão de vento em sua estreita face.
Dizia-lhe evidências que recusava, no modo cruel como odiava a passagem da sala, a humildade de protesto em recusa de veneração. As coisas não eram forçosamente o que lhe queriam mostrar. Vultos ilustres cabiam na pequenez de uma forma de ave, ovo abaulado num teor de trama. Dizia não, porque gostava de ser da outra face, do cerco de vidro ou pó de qualquer coisa que não trago.
Nunca as linhas se cruzaram com tanta força como nesse quarto distante de aldeia. Daí os nomes de mel e de tintura em pena, uma bacia e barcos parados num esmalte inútil. Ou as lanternas, limo ocioso num aroma vago de sabonete, acrescendo num vagar sem nome. Voltava muito a essas espessas tardes sem recreio, a Lua ainda no atraso de além do mirante, latidos e medos em cada esbracejar das folhas.”
Para o SPNI, Fernando York.
CAFÉ DA MANHÃ
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