Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2010

RÁFIA E O ESSENCIAL

 

Autor que não foi possível identificar

  

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Vem do Brasil a sugestão: “Faça uma ceia de Natal por metade do preço”. Hipóteses: saladas para encher a mesa – fazem bem a tudo e conferem apetecível colorido à refeição -, em vez de peru, frango recheado com aromas e mimos – é menos seco, demora 1/3 no forno –, panetone trocado pelo pavê – adaptado aos nossos costumes equivale à permuta do arroz doce por pudim de pão que aproveita carcaças duras ou congeladas e reduz a energia dispendida pelo fogão. Aromatizado com canela e vinho do Porto é sobremesa de truz. À nossa medida, diminuir o consumo de fritos doces - inferior sobrecarga para o colesterol malino - alivia donas e donos de casa cozinheiros; com vantagem substituídos por bandejas com fruta partida, mimosa, disposta com arte. Queijos menos, patês caseiros que demoram três suspiros, haja batedeira e picadora à mão, vinhos sensatos sem desmerecer a qualidade, chocolate quente. Ora se os brasileiros que, financeiramente, não se afundaram tanto como nós apostam em economizar, ponderosas razões temos para repensar os convívios do palato que também completam as Festas das famílias.

 

Dos presentes convém tratar. Imaginação, horas poucas dedicadas e paciência originam lingerie brincalhona, cartões de Natal personalizados a que as palavras dos sentimentos veros acrescem alegria e promovem o ‘diz agora quanto amas, não deixes para tarde demais’. Simbolismo nas dádivas adequadas a cada um provam ternura na escolha, afecto implícito no cuidado. Rejeitar filas de espera para embalagens a esmo é poupança de tempo e desgaste psíquico. Num serão forrado a música, melhor é obtido com papel simples, ráfia terminada em laçarotes que aperta hastes de pinheiro, galhos esbeltos, folhas de hera vivas ou de plátanos caídas sem atropelos no chão. Fotografia impresssa em casa revelando o momento da recolha dos enfeites será memória com destino mais elevado que pendurezas compradas à dúzia e que, aberto o embrulho, acabam em desperdícios rasgados no impulso curioso. Perto, livro cosido à mão que recolha pensamentos e sentires de todos. Depois, há os beijos e abraços e sorrisos pela felicidade de ‘estar com’.

 

Existem dificuldades que vêm por bem nos detalhes do ser. Delas fazer bom uso é passo que importa. Venha um, venham muitos.

 

CAFÉ DA MANHÃ

  

  

publicado por Maria Brojo às 09:21
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