Autor que não foi possível identificar
Desde o século XV, são conhecidos baralhos de cartas em Portugal. A aventura marítima levá-los-ia ao Oriente. Indianos, japoneses e indonésios adaptaram o baralho português às respetivas culturas. Consta terem jogado à fartazana enquanto os marinheiros aproveitavam a confraternização para largarem sementes em jogos outros com as nativas. Quatro séculos depois, finou-se o baralho nacional em favor do baralho francês. Desistimos de nos impor na jogatana e aceitámos de mão-beijada a novidade do coração da Europa. Provaria o futuro, continuarmos servis ao domínio da «estranja». Se rica e pomposa, melhor. A lusa espinha curvada pelos salamaleques, exceto se em perigo fronteiras geográficas e políticas que nos dessem aparência de país. Gostávamos, então e hoje, de alardear autonomia, embora copiando descaradamente as modas externas nas artes e nos usos. Uns tansos!
Conta a lenda(?) que o baralho francês foi encomenda do rei Carlos VI ao pintor Jacquemin Gringonneur que cuidaria de representar as classes sociais nos naipes: espadas a nobreza, copas o clero, ouros a burguesia, paus os camponeses. É recontado terem sido posteriormente acrescentados significados bíblicos e/ou históricos às cartas com figuras que honrassem a elite de antanho e da época. O joker era exceção – representaria os jograis dos castelos medievos. Sobre os ases apenas é sabido o valor e serem os números 1em cada naipe.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros