Barbara Philips, Sorayama, autor que não foi possível identificar
Gosto péssimo aquele de armadilhar, explosivamente, cartas. O carteiro já não toca duas vezes, as novas que entrega encobrem publicidade ou facturas ou comprovativos do pagamento das mesmas. Cartas de amor rareiam – e-mails e sms e telefone fazem, sem fazer, as vezes. Quando o motorizado pelos CTT chega, adeus alvoroço, olá coração na corda bamba. Até agora.
De há anos conhecida, quem diria retomada a moda das bombas encartadas?!... Na Grécia, consulados e embaixadas miram e remiram o correio, aceitando com cautela e caldos de galinha apenas o diplomático. Pepineira que após ataques infrutuosos a conhecidas representações, também, por medo, esvaziou de gentes solo português num apartamento de Atenas. ‘Foi-se a ver’ e não era nada. Ainda bem. Regressaram às secretárias os secretários, e dealbando em casa houveram extraordinário para contar. Dia cheio.
Não se me dava armadilhar, com esmero, correspondência. Endereços constantes de lista pequena – a selectividade prova e aguça engenho. Química tenho, a par de meios bastantes e reagentes em dose suficiente. Fiquem os destinatários descansados pela omissão do indispensável: _ tempo. Mas rói a vontade de ver em chamas papelada sem pensamentos, a ponta da gravata, quiçá!, dos fardados para o linchamento/’lixamento’ público. Mas que não se dêem ao trabalho de enfiar equipamento defensivo e de ataque às polícias especializadas em minas e armadilhas, GOEs ou similares. Aberta a carta, pó de talco – do genuíno – cobriria de alvura figuras, figurinhas e ‘ões‘ que, há muito, solicitam ao Altíssimo branqueamento.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros