Sexta-feira, 27 de Dezembro de 2013

«CONVERSETA» DE DESGOVERNO

 

 

  

Margaret Morrison                                                                                                                       Jane Wong

 

Almoçar, rente ao Tejo, um excecional ananás com gambas – os bolsos mais ou menos leves não têm conteúdo bastante para 'camarões tigre' e mesmo para as descritas sabem os deuses! – foi razão da «converseta» no após.

 

“Um sujeito está numa entrevista para emprego. O psicólogo dirige-se ao candidato e diz:
_ Vou fazer-lhe o teste final para a sua admissão.

Responde o entrevistado:
_ Perfeito!

 

O psicólogo pergunta:

 _ Está numa estrada escura e vê ao longe dois faróis emparelhados a virem na sua direção. O que pensa ser?

O candidato:
_ Um carro.
_ Um carro é muito vago. Que tipo de carro? Um BMW, um Audi, um Volkswagen?
_ Não dá para distinguir.

 

Resmoneia o psicólogo:

_ Hum... Vou fazer-lhe outra pergunta: está na mesma estrada escura e vê só um farol a vir na sua direção. O que é?
Responde o entrevistado:

_ Uma mota.
_ Sim, mas que tipo de mota? Uma Yamaha, uma Honda, uma Suzuki?

Já nervoso, responde o sujeito:
_ Na estrada escura, não vejo a marca.

 

De novo, o psicólogo mostra desagrado. Continua:
_ A última pergunta: na mesma estrada escura, vê um só farol, menor que o anterior, e apercebe-se que vem mais lento. O que é?
_ Uma bicicleta.
_ Sim, mas que tipo de bicicleta? BTT, de estrada, de passeio?

_ Não sei.

Conclui o psicólogo:
_ Lamento, mas reprovou no teste!

 

O candidato dirige-se ao psicólogo e comenta:
_ Interessante esse teste. Posso fazer-lhe uma pergunta também?
_ Claro que sim. Pergunte.
_ Está à noite numa rua iluminada. Vê uma mulher com excesso de maquilhagem, vestido encarnado, bem curto, tacões de doze centímetros, girando a mala de mão. O que é?

Com destreza, responde:
_ Ah! É uma puta.
_ Sim, mas qual puta? A sua irmã? A sua mulher? A sua mãe?”

 

Nota: dislate cujo préstimo é, por minutos, esquecer zangas justificadas com os mandantes que, sem pudor, nos (des)governam.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:33
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Domingo, 18 de Setembro de 2011

TAMBÉM ACTA E PASSIO

Demasiado tempo passa até novo passar atento por símbolos duma cidade rural que apenas o andarilhar sem tempo concede. Quem adora silêncio e cidades com ruas vazias pelo fim dum dia útil que recolhe p’ra janta os habitantes prefere a hora do ângulo mínimo entre Sol e horizonte. Em Setembro, nesta latitude e longitude, esmaecem cores vibrantes, é adoçado o ouro da estrela maior que a Terra governa, sem que da ‘estrela monstro’ – ao nascer trezentas e vinte vezes maior que o Sol e de seu nome R 136a – queiramos saber ao impedir o crescimento dos planetas em redor. Vale a precariedade da sua existência no Universo por falta de alimento composto de gases e poeiras. Mas quem sobre astronomia se interroga quando a doçura está no perto? Quando o encantamento surge em brancuras que escondem granitos, em telhas talvez partidas, em memoriais simples?

 

 

Pedro Botto Machado, nasceu na cidade serrana que prende o meu afecto sempre e o viver quando calha. Republicano convicto e arrojado, ao casar com D. América Garção Stokler, mulher de grande fortuna, deu ordem para ser levantado, junto à ponte, edifício que abrigaria escola, Associação de Socorros Mútuos dos Artistas e Operários locais, Centro de Instrução e Recreio e a Associação Musical Gouveense. Da banda e da orquestra filarmónica conheço dotes que orgulham os locais. Com razão. Se a lobrigo em exibição pública difícil se torna dali arredar pé. Beneficiou ainda outras instituições. Ignoro se faleceu deixando a família pindérica por conta de generosidade tanta. Dum tetravô sei o acontecido pelo gosto da, então, vila possuir hospital decente e ter partido cedo deixando a filharada entregue à Senhora Dona Legítima inapta para gerir a fortuna restante.

 

 

 

Quem de frente encara a Associação, se desviar para a direita os passos encontra declive empedrado. Ao fundo, como se fora adorno a compor ramalhete cheiroso, moradia indicia abandono. Somente descendo a rua e encostando o nariz ao gradeamento, a beleza irrompe doutros lados e oblitera a decadência. O sulfato dos azulejos delineia médicos, um deles em seu ofício. São Cosme e São Damião, os santos gémeos cujos nomes originais eram Acta e Passio, lembrados com apuro pela cerâmica acordam com o ocre das paredes. Custa a despedir do lugar; todavia, metros adiante, a escultura que homenageia as queijeiras reclama quinhão do ver sob castanheiro frondoso e seus ouriços. E o resto da luz poente traça estradas nas copas das árvores, nos lajedos e no que mais encontra soando a hora de adormecer. 

  

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 07:44
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