Steve Bonner
O mesmo é dito dalguns homens. Todavia, expressão maioritariamente aplicada ao género feminino. De mim o mesmo foi/é dito.
Jamais entendi o significado do adjectivo. Pessoas consideradas, pelo vulgo, equilibradas? Normais e, por isso, conotadas com a banalidade tantas vezes (in)feliz? Emprego estável, acompanhados(as) por parceiros(as) «mandamentados»? Objectivos definidos e perenes na matriz pessoal? Na ausência de companhia quotidiana, assente no sexo e/ou no afecto, estão por «resolver»? Ou, nesta condição, se em paz consigo o sentimento é bovino ou expoente de conquista interior?
_ Não sei, não gosto da ambiguidade do termo, da passividade implícita, não aceito rotular o íntimo de cada um.
Gentes «resolvidas», curiosas, idealistas e batalhadoras não existem. Humanidade implica evolução. Crescer. Mudar. Ser outro no mesmo à medida das experiências trazidas pelo girar terrestre. Aprendizagem contínua. Filtrar acontecidos e aprender. Sem que «resolva», mas abra janelas do advir.
Pessoa aliciada pela corda bamba do tempo é, necessariamente, instável? Cata-vento orientado para o lado donde vêm os empurrões atmosféricos? E mesmo que a mudança de opinião ou prioridades ocorra, foi obrigatoriamente soprada por vento ou anjo mau?
Creio no acreditar da mudança como necessidade. Antes por «resolver» que rotineira irracional. Desminto quem me classifica «resolvida». Evitarei tão pouco enquanto sopro me sair dos pulmões. Prefiro mulher, se «assentada», à revelia da voz comum.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros