O músico B.B. King, considerado o "Rei do Blues" e integrante do Hall da Fama do Rock and Roll desde 1987, morreu na madrugada de hoje em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos de idade. Desaparece assim o autor inúmeros temas que desde há muito me acetinam as paredes.
O maior guitarrista de blues da atualidade, considerado uma lenda, Riley B. King, nasceu em 16 de setembro de 1925, no Mississippi, nos EUA. Comprou a primeira guitarra na época em que a falta de eletricidade no interior do país fazia dos instrumentos musicais a maior atração dos anos 1940.
O músico foi autodidata, nunca teve professor. Gostava de ser seduzido pelas melodias. O B.B. do nome artístico que adotou vem de ‘Blues Boy’, parte do seu nome de DJ em Memphis. “Three o'clock blues” foi o seu primeiro grande sucesso nacional que lançou nos anos 1950. A partir daí, B.B. King começou a fazer turnês sem parar. Só no ano de 1956, a banda chegou a fazer 342 apresentações.
B.B. King criou um estilo autêntico de guitarra. Nos solos, ao contrário de outros guitarristas, o ‘Rei do Blues’ preferia usar poucas notas. Dizia que conseguia fazer uma nota valer por mil. E fazia.
Tinha verdadeira paixão pelos seus instrumentos. Tanto que enfrentou um incêndio durante um show pra salvar uma das suas guitarras. O fogo teria começado numa disputa entre dois rapazes por uma jovem. Depois desse episódio, as guitarras Gibson do músico passariam a ser carinhosamente chamadas “Lucille”, o nome da referida jovem.
A fama das suas guitarras ganhou o mundo. Em 1997, King presenteou o papa João Paulo II com uma “Lucille”, no Vaticano. Em 2012, fez parceira inesperada com o presidente americano Barack Obama durante um show de blues na Casa Branca.
Em outubro de 2014, o guitarrista precisou abandonar um espetáculo devido a um quadro de desidratação e esgotamento provocado pela diabetes tipo II de que padecia desde a década de 1980. O seu talento inspirou outros grandes guitarristas, como Stevie Ray Vaughan, Jimi Hendrix, Buddy Guy e Eric Clapton. Partiu o homem, ficou o memorável legado.
"Ser um cantor de blues é como ser negro duas vezes. Quando o movimento dos direitos civis estava a lutar pelo respeito pelos negros, senti que estava a lutar pelo respeito dos blues", escreveu King na sua autobiografia “Blues All Around Me”.
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