Autores que não foi possível identificar
Por sugestão afectuosa de quem muito prezo quis saber como funcionava a Assembleia Municipal de Gouveia. Reunião aberta ao público que aproveitei sem hesitar – isto de ter nascido num concelho em que dos responsáveis pelo seu governo autárquico não conheço a maioria dos rostos e respectivas funções era ignorância necessitada de remedeio. Dezena e meia de munícipes, número estimatado pois não os contei, ocupavam assentos dispostos ao fundo da sala; não chegavam para todos, é certo, mas bem encostados os primeiros a chegar couberam mais alguns. Agradou-me constatar o interesse daqueles que, como eu, gostam de saber em primeira mão o andamento das decisões, a capacidade interventiva e de argumentação dos vereadores, deputados e dos Presidentes das Juntas de Freguesia. Acto de cidadania que reprovo não exercer em Lisboa como me era devido.
Bem marcada, como soe acontecer, a localização dos representantes eleitos segundo a falaciosa divisão entre “esquerda” e “direita”. Mais numerosas as inscrições para intervenção no período antes da “ordem do dia” dos membros presentes do PS e da deputada do PCP do que as do partido dominante. Alegrou-me o espírito combativo dos representantes das freguesias pugnando pelos interesses das populações. Fiquei a conhecer problemas a carecerem de urgente remedeio em aldeias - um que envolve fontes públicas ainda remoo -, e tantas são!, abrangidas pelo concelho. A maioria, conheço, mas regressei com o propósito de visitar uma a uma aquelas cujo nome é tudo o que lembro. Minto: _ Também identifico a respectiva localização no imenso vale abrangido com o olhar a partir do terraço no piso cimeiro. Acudiram-me memórias ternas dos intervalos de tempo nele fruídos na companhia do avô e/ou do pai em que cada uma era apontada e delas contadas histórias d’antanho. Época rica que preservo em moldura de amor.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros