Bryan Larsen
“Por alguma razão as escolas Jesuítas têm formado muita gente notável, em conhecimento e em caráter.
Trata pois o texto de cuidar do incentivo aos professores para ensinar, sem o qual, a aprendizagem é ineficiente. Quantos professores sabem transmitir a paixão pelo conhecimento, pela descoberta? Quantos professores se empolgam e comovem pelas descobertas dos seus alunos? O que é que vale a pena ensinar? Haverá incentivo outro, além do salário nas sociedades atuais? Com a produção de conhecimento em contínua espiral, não estamos a perder a noção do essencial? Essa avalanche do conhecimento não nos está a conduzir à mortífera especialização? À sociedade dos que sabem muito de muito pouca coisa! Não é irreversivelmente destrutivo que cada um no seu mister desconheça o impacto global da sua ação focada exclusivamente num contexto restrito?
E quem deve decidir o que se deve aprender? O Estado? Os Pais? Os alunos?
Defendo uma escola capaz de formar livres-pensadores, que sejam eles próprios, adquiridas as ferramentas necessárias, capazes de decidir por si o que querem aprender e com quem.
Terei que referir o inevitável Agostinho: “Ainda um dia haveremos de fazer uma Escola onde cada um aprenderá o que necessita de saber”. Quando tal acontecer, estaremos muito perto da autêntica Liberdade!
Sem bons professoras(as) estaremos todos perdidos!”
CAFÉ DA MANHÃ
Apesar de longo o vídeo, merece ser visto até ao final.
Bryan Larsen
Autores que não foi possível identificar, René Magritte
Uma casa. Nova. Torres de apartamentos, no todo, encerrados por grades. Jardins em construção. A cova da piscina forrada e vazia. Como as casas cujos compradores ainda não habitam. Porteiro e telefone na recepção a impedir entrada livre da família, de amigos, o simples tocar da campainha e resposta pelo intercomunicador. Porteiro que ao comunicar com os proprietários vira costas a quem espera sob vento gelado, não seja recusada admissão por inconveniência do momento e exigida por resposta “não está ninguém”. Condomínio que de tão fechado engaiola quem lá vive. Liberta de intrusos, mas afasta a realidade quotidiana das paredes de vidro a partir das quais somente luzes e «luziratos» provam existir cidade outra, mais vidas além das resguardadas que ali fazem lar. Nem buzinas exaltadas sobem ao enésimo andar. Foi escolhido e obtido silêncio. Largueza e mármores cujo brilho encandeia. Dentro, madeiras nunca vistas, ambiente produto de estirador e decoradora. Onde ficas Lisboa das cantinas sociais que amparam misérias, dos desvalidos, dos embrulhados por jornais nos vãos que protegem, mal, da chuva?
Qualidade de vida(?) e luxo amalgamados. Beleza? Design raro? Impressiva arquitectura? _ Sim! Todavia, assusta a perfeição. Talvez quem assim opina seja campónia habituada a condomínios modestos se comparados àquele. No regresso, a memória dum espaço onde habita, desde há dias, família em instalação, feliz, tornando feliz quem a ama.
CAFÉ DA MANHÃ
Tim O´Brien, Bryan Larsen, Juan Medina
Quando escolas abrem para almoços em tempo de férias, tendo em conta a tradição do «fechou, encadeou» nas clássicas interrupções lectivas, é notícia social e parcialmente má. Poderia representar salto positivo nos serviços dos estabelecimentos de ensino se mantivessem actividades pedagógicas e, à conta delas, fosse a refeição intervalo para repor energias. Caso este, seria jubilosa a reacção. Dos pais, em especial, que poderiam trabalhar em descanso – produtividade é dever e necessidade - sabendo as crianças inseridas em actividades lúdicas convenientemente orientadas.
Pelo entendido, é almoço e ‘pronto!' Confirma negrume: as crianças passam mal em casa, a alimentação familiar tem carências, uma refeição quente, de substância, diária, ao custo de euro e trocos permite «janta» aliviada e subtrai despesa aos magros dinheiros do sustento. Para mim tenho que talvez este castigo económico português seja ocasião de mudanças, largue sementes boas no solo, enraizadas depois.
Natal esquálido em haveres pode ser substituído, com vantagem, por Natal de afectos. Quando estes falham ou são dados como perdidos por lutos ou rejeições, a escrita memorial serve de lenitivo para quem, desiludido, afirma desejo de riscar Dezembro do calendário. “O que nunca esqueci de ti” endereçado a amores familiares ou outros é modo de recuperar alegria e dela constituir oferta para a de alguém aumentar. Memória na escrita exorciza fantasmas, medos, diálogos penosos com o umbigo que nem é centro de nada, salvo do egoísmo, quantas vezes mascarado de mergulho sazonal em estado depressivo.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia de Cremnóbata
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros