Byron Traag, Yossi Rosenstein
Foi-me dito semelhante a isto: _ "Algumas frases das croniquetas que publicas saem boas, mas não escreves muito bem. Dás pontapés na gramática, tens alma; porém, tudo junto nada augura de bom. Não te comparas a um Mário de Carvalho, com qualidade sempre, ou a um Gabriel García Marquez em cuja obra somente reconheço como exemplar o “Cem Anos de Solidão”; os seguintes deslustram aquele. E se alguma editora aceitar o que produzes será livrito, nunca um Livro. Talvez o tenhas dentro de ti, todavia e até agora, faltam provas. Entendo por seres das Ciências. Poderás, com sorte, ter lugar na Fnac junto às menoridades em venda. Obras sem préstimo outro que o de encher bancadas para incautos. Porque sou teu amigo tenho o dever de te prevenir."
Escutei, atenta, o áugure que acabara de ler as pautas dos voos das palavras saídas desta chaminé virtual. Ideias a merecerem ponderação – quem lê e o faz bem é crítico que importa. Possivelmente outros, com mais saberes em leituras, não só assinariam por baixo, como acrescentariam dureza à apreciação.
Reconheço a fragilidade do «jeitinho» que possuo para juntar palavras e edificar textos. Concordo ter alguma dificuldade em pontuar, as mais das vezes por distracção a gramática sofrer arranhões, ignorâncias imperdoáveis. Quilómetros de páginas lidas escritas por nomes grandes das letras não formam um escritor. E se alguns desses célebres autores são consensuais, outros incorrem em divergências opinativas como é natural pela diversidade humana.
Para a mulher que ama a escrita e tem livro (livrito?) em revisão foram duras as palavras ouvidas. Não desiste e lembra Jacinto de Magalhães reconhecido por poucos no seu magnífico “A Água e o Silêncio”, sem que ao talento dele compare o seu.
CAFÉ DA MANHÃ
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