Domingo, 21 de Setembro de 2014

BEM COMER NUM PARQUE DO SÉCULO XVI

 

 

"O Jardim da Quinta das Conchas e dos Lilases reúne duas quintas quinhentistas (a das Conchas e a dos Lilases) e tem uma superfície de 26 hectares. Possui área de mata profusamente arborizada (cerca de dois terços da superfície total)."

 

  

 

"A Quinta das Conchas remonta ao século XVI, tendo sido instalada por Afonso Torres. Após ter passado por várias famílias de proprietários acaba por ser adquirida - a 25 de Fevereiro de 1899 - por Francisco Mantero. Nesta ocasião, foi igualmente transacionada a Quinta dos Lilases. Pela fortuna acumulada enquanto proprietário de várias roças de café em São Tomé e Príncipe, Mantero arquitetou a Quinta dos Lilases à imagem da colónia portuguesa à data: o edifício existente foi reconvertido em mansão de estilo colonial enquanto o lago foi guarnecido com duas ilhas arborizadas, que simbolizam as ilhas de São Tomé e Príncipe."

 

 

 

"Em 1966, os descendentes de Francisco Mantero "transferem" para a Câmara Municipal de Lisboa a gestão e preservação da segunda principal mancha verde existente no concelho de Lisboa, apenas ultrapassada em superfície pelo Parque Florestal de Monsanto."

 

 

 

No esplendor da relva, arvoredo e água, detenho-me. Lugar formoso com vista de 270º sobre a Quinta das Conchas pede assento. Protegido da chuva e do vento, do calor excessivo, do sol no zénite. Empena larga confere abrigo. Guarda-sóis complementam-na. Assim me fico em silêncio. Mas o olhar não despego da beleza única do lugar. Adultos e crianças, famílias peregrinam nos carreiros de madeira e/ou de calçada portuguesa. E o aroma! Desvario. Miscelânea. Solução gasosa nascida da infinita diversidade das espécies vegetais.

 

 

A esplanada. A mesma e diferente sendo cinza ou azul a abóbada celeste. Anúncio discreto, embora pela imagem não o pareça, revela conselhos do chefe da cozinha. Num dos muitos dias que por lá preguiço antes da refeição, inaugurada a saison do cozido à portuguesa. Outono em perspetiva. O Inverno também.

 

 

 

No restaurante "O Conchas", entram ou fruem do ar cheiroso passeantes ou funcionários no intervalo de almoço. O mesmo faço com a certeza de magnífico acolhimento e serviço. A variedade gastronómica de qualidade é chamariz que não dispenso.

 

 

 

 

Serviço buffet ou à carta. Sopas à antiga portuguesa. Frios e quentes apetitosos. Variedade tanta que dificulta a escolha. Uma certeza: esmero na feitura e apresentação. Qualidade irrepreensível a custo sensato.

 

 

 

No interior espaçoso, conforto e bom gosto. O Sr. Daniel Agostinho, um dos sócios gerentes (à direita), é corresponsável. O Chefe Carlos Lima impera na excelente gastronomia. Eficiência e simpatia a rodos quer dos sócios, quer dos senhores funcionários.

 

 

 

Outro membro importante do staff é o Sr. José Filipe. A Sr.ª Saroj, nepalesa, fala fluentemente português, espanhol e inglês. Sempre atentos e com delicadeza notável atendem os clientes, respondem às questões postas e, havendo possibilidade, não se escusam a «dois dedos» de conversa. 

 

 

Antes do início das aulas, o pequeno Denis faz companhia à mãe, a Sr.ª Natália que na cozinha auxilia o Chefe, o Sr. Carlos Lima. O Denis é prestimoso: sem que nada lhe seja pedido salvo almoçar convenientemente, auxilia no que entende ser necessário. Criança linda e bem-educada.

 

 

 

Antes ou depois da opípara refeição, é apelo caminhar pelos trilhos da Quinta dos Lilases (à esquerda e nas três primeiras sequências fotográficas) ou descobrir recantos novos da Quinta das Conchas.

 

 

 

"Tendo sido alvo de obras de beneficiação e requalificação, o Jardim da Quinta das Conchas e dos Lilases foi "reinaugurado" ao público a 12 de Maio de 2005. A secção de terreno que constitui a Quinta dos Lilases foi reaberta ao público a 15 de Janeiro de 2007. Criaram-se vários locais de estadia, uma nova estrutura de caminhos, praças, equipamentos de recreio infantil e juvenil, um palco para a realização de espetáculos, edifício de apoio com receção e área de exposições, restaurante e cafetaria. O relvado foi ampliado, oferecendo novas áreas para a prática de desporto informal e, também, um espaço de contemplação e tranquilidade, o lago. Diariamente aberto ao público das 06:00 à 01:00."

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:32
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Quarta-feira, 6 de Novembro de 2013

LUNA ANDERMATT, EUROPA CRIATIVA

 

Edgar Degas – Ballet Class                                                                                         Edgar Degas - Dancers

 

Partiu Luna Andermatt aos 87 anos. Tive o privilégio de ver a Companhia Nacional de Bailado em coreografias de Luna Andermatt. Reformou o bailado no nosso país, criou a CNB em 1976, moldou inúmeros coreógrafos, bailarinos que haveriam de mostrar a técnica e talento também no Ballet Gulbenkian.

 

Um dia, escreveu: “Ninguém envelhece só por viver muitos anos. A juventude não é uma época da vida, é um estado da alma. Não é uma questão de faces lisas, de lábios vermelhos e joelhos bonitos. É uma força de querer, uma qualidade da imaginação, um rigor de emoções e uma frescura da profunda primavera da vida.”

 

“Em fevereiro passado, Luna Andermatt foi homenageada com a medalha municipal de mérito, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo contributo para a dança em Portugal como bailarina, coreógrafa e professora. Regressou aos palcos em 2010, com a Companhia Maior, projeto criado no Centro Cultural de Belém por Luísa Taveira, atual diretora da Companhia Nacional de Bailado (CNB).”

 

Para má notícia, outra boa é anunciada. O programa europeu “Europa Criativa vai disponibilizar 1,46 mil milhões de euros para projetos culturais até 2020. O novo quadro de fundos comunitários vai ser aprovado daqui a duas semanas, com um aumento de 9% em relação aos programas até agora existentes. Bruxelas reconhece que os 1,4 mil milhões de euros representam uma "parte marginal" do orçamento da União Europeia e o início do programa será lento. Por isso, o chefe de unidade do programa "Europa Criativa", Karel Bartak, defende que os países em crise devem inventar soluções para fazer chegar a cultura aos mais pobres, porque «investir na cultura não é um luxo».”

 

Convém lembrar que no ano passado apenas um terço dos portugueses assistiu a um concerto. Na Europa e na nossa retaguarda, apenas Chipre e Grécia.

 

Fontes: esta e esta.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 08:37
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Olá. Posso falar consigo sobre a sua tia Irmã Mar...
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