Sem Pénis Nem Inveja

Bravo da Mata, "Colecção Arte dos Amigos" 

Privilégio ter acesso a casas de amigos onde arte variada está nas paredes. Do mesmo pintor, cerâmica e óleo colaboram em recantos sonhadores.

Manuela Pinheiro, "Colecção Arte da Família" e "Colecção Arte Minha"

A família tem opções variadas. Por coerência, conservei elos comuns. Manuela Pinheiro, é um deles.

Bravo da Mata, "Colecção Arte da Família"

Bravo da Mata é elo outro. Nas paredes, a riqueza cromática e da composição.

Tríptico e cerâmica de Bravo da Mata, "Colecção Arte da Família"

Abstractos em óleo e cerâmica. Diariamente reinventados nas leituras múltiplas. Jamais repetidas. O 'entre-paredes' constantemente renovado. 

Manuela Pinheiro, Ernâni Oliveira, Ronghua.S, "Colecção Arte Minha" 

Gostos específicos. Variados nas formas e projecções nas telas, adequados aos recantos onde me alargam família.

Conceição Ramos, óleo, Carlos Oliveira, escultura,"Colecção Arte Minha"

A paleta da Conceição, esculturas várias, entre elas esta que me vê e eu vejo adormecer. Existe melhor do que (con)viver com mestres escolhidos para companhia?

De suportes pictóricos originais, expostos ou aqui omissos, não abdico - permitem contemplação e reflexão íntima.

CAFÉ DA MANHÃ

Abel Bravo da Mata

Não está em museus. Presente em colecções de portugueses e internacionais. Obras públicas. Com génio e perseverança consegue obter do forno a vivacidade dos tons que pintam a cerâmica tridimensional. Plana também. Foram inspiração o lisboeta Querubim Lapa e o Mealha com ateliê ali pras bandas de Lagos. Talentos que desmentem a cerâmica como arte pictórica menor. Nas Caldas da Rainha, o Carlos Oliveira acompanha-lhe as pisadas . Mestres todos eles. De dois tenho o privilégio de lhes olhar, quotidianamente as obras. Verdes limas e azuis sulfatos do primeiro. Cores outras e três dimensões manipuladas pelo segundo.

Quando me aproximo das buganvílias e dos troncos enlaçados, a cerâmica artesanal, levanta-se da parede exterior e cumprimenta-me. Olho-a com ternura. Lembro os dois bons amigos a quem devo aprendizagens que fiz. As janelas do espírito que abriram a um par de olhos ávidos e curiosos. O afecto. A ternura. As dádivas.

Quem ler estas letras conjugadas em palavras e ame pintura e cerâmica, que procure na lista telefónica nacional. Encomende, depois de ver obra feita, beleza para o dia-a-dia. Que sonhe e veja troncos em laço no barro ou na azulejaria da nossa tradição.

CAFÉ DA MANHÃ