Zografos, Santorini; Caroline Huff, portuguese boats
Ouvi e concordei: “a Grécia não é feita de gente mole como nós.” Julgavam-na capaz de suportar o insuportável sem suporte de esperança num futuro aliviado. A Comunidade Europeia tremelica como junco ao vento. Reconhece, tarde de mais, que as medidas draconianas para equilíbrio das finanças gregas contiveram excessos e erros. O povo confirmou-o antes por via da tristeza, da constatação quotidiana, da depressão financeira e económica, pelo mau viver. Daí à revolta generalizada e veemente foi tempo pouco. Pavio adequadamente curto para quem não cala o que é obrigado a comer sem desejar. Assim fossemos nós! Mas não. Amochamos quando sabemos que os pobres estão cada vez mais pobres, os desempregados crescem em número e com eles arrastam as famílias, os ricos espertos safam-se com low profile, não dêem escândalo e sejam alvos para dardos certeiros. Já aconteceu nas desordenadas emoções do Abril com mais de trinta anos. Aprenderam a lição e ensinaram-na aos filhos, os tais que hoje, pela reserva, salvaguardam estatuto e bens.
Pela esperança da qual não desisto, espero do governo agora empossado competência e sensibilidade social. Terá de conciliar o impossível se o laxismo existir, o possível se o interesse do povo jamais for esquecido. Apagá-lo do mapa das preocupações será erro crasso com factura elevada para os interesses nacionais.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia do Cão do Nilo e, seguinte, o déjà vu por aqui.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros