Quarta-feira, 12 de Junho de 2013

EXAMES NACIONAIS, GREVE, ALUNOS E PROFESSORES

 

Michele Del Campo e autor que não foi possível identificar

 

Na Refer, na TAP, na Carris e Metro, na ANA fervem greves nas alturas decisivas das necessidades dos cidadãos. Não fora assim, quem notaria as revindicações dos trabalhadores abrangidos por aquelas entidades? Tendo sindicatos tão pobretanas quanto eles e o país – inexistentes fundos que remunerem grevistas inscritos nas fileiras sindicais -, perdido o salário dos trabalhadores à conta de nada? Não seria arguto, muito menos eficaz na força da greve como forma de luta contra as injustiças perpetradas, lesivas dos direitos laborais.

 

É inaceitável a prepotência do Ministro da Educação ao não acatar a diretiva do Colégio arbitral que rejeitou serviços mínimos na greve dos professores no dia 17 em que ocorre o exame nacional de Português abrangendo a quase totalidade dos alunos do 12º ano seja qual for a área frequentada (Humanidades, Ciências e Artes). Depende de Crato e seus acólitos remarcar o exame referido para outra data não abrangida pelo intervalo de tempo previsto na duração da greve. Talvez, quem sabe, aspira ao cognome de Iron Man. Imerecido, de facto, pela argila mal cozida das medidas até aqui tomadas que não retiraram a condição de reféns aos alunos, suas famílias e professores.

 

O Ministério continua a transmitir aos portugueses a ideia de serem os professores cambada de madraços. Desautoriza-os. Generaliza a ideia de privilégios incomuns como reduzida carga horária, férias a rodos e proventos a mais quando da profissão deviam fazer sacerdócio. Mentiras que colam na opinião pública. Soubesse esta da burocracia inenarrável às costas dos professores que lhes retira tempo para um serviço educativo de qualidade, das deploráveis condições de segurança nas escolas onde os pais deixam os filhos, outra seria a reação das famílias. Fazer dos professores bodes expiatórios é o rumo populista mais fácil. Desfoca o essencial.

 

Importa saber os exames nacionais como decisivos para discentes e docentes. Uns e outros consideram-nos momentos altos pela avaliação do trabalho desenvolvido anualmente. O caminho da greve é o último que os professores aceitam, salvo quando reconhecem em perigo a qualidade do ensino que prestam e os direitos dos alunos por via do autismo governamental.

 

CAFÉ DA MANHÃ

 

publicado por Maria Brojo às 09:12
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