Tim O´Brien, Bryan Larsen, Juan Medina
Quando escolas abrem para almoços em tempo de férias, tendo em conta a tradição do «fechou, encadeou» nas clássicas interrupções lectivas, é notícia social e parcialmente má. Poderia representar salto positivo nos serviços dos estabelecimentos de ensino se mantivessem actividades pedagógicas e, à conta delas, fosse a refeição intervalo para repor energias. Caso este, seria jubilosa a reacção. Dos pais, em especial, que poderiam trabalhar em descanso – produtividade é dever e necessidade - sabendo as crianças inseridas em actividades lúdicas convenientemente orientadas.
Pelo entendido, é almoço e ‘pronto!' Confirma negrume: as crianças passam mal em casa, a alimentação familiar tem carências, uma refeição quente, de substância, diária, ao custo de euro e trocos permite «janta» aliviada e subtrai despesa aos magros dinheiros do sustento. Para mim tenho que talvez este castigo económico português seja ocasião de mudanças, largue sementes boas no solo, enraizadas depois.
Natal esquálido em haveres pode ser substituído, com vantagem, por Natal de afectos. Quando estes falham ou são dados como perdidos por lutos ou rejeições, a escrita memorial serve de lenitivo para quem, desiludido, afirma desejo de riscar Dezembro do calendário. “O que nunca esqueci de ti” endereçado a amores familiares ou outros é modo de recuperar alegria e dela constituir oferta para a de alguém aumentar. Memória na escrita exorciza fantasmas, medos, diálogos penosos com o umbigo que nem é centro de nada, salvo do egoísmo, quantas vezes mascarado de mergulho sazonal em estado depressivo.
CAFÉ DA MANHÃ
Cortesia de Cremnóbata
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros