The Time Room
A aventura espacial portuguesa começou tarde, princípio dos noventa, mas deu fruto quando corria o 26 de Setembro de 1993. No Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, foi lançado para o espaço o PoSAT-1, o nosso primeiro satélite, à boleia no voo 59 do foguetão Ariane 4. Precisamente 20 minutos e 35 segundos depois do lançamento, a 807 quilómetros de altitude, o PoSAT-1 separou-se com sucesso do foguetão. Às 2h45, hora de Lisboa, entrou em órbita. Rejubilaram os respetivos pais e mães, conquanto o pai que a história recorda seja, o genial físico Fernando Carvalho Rodrigues.
O PoSAT-1 ia bem apetrechado. Prestou catorze anos de bons serviços – calou-se apenas em 2006, mais do que o tempo de diálogo previsto com Centro de Satélites de Sintra -, debitando informações dos e aos militares que operavam em territórios de guerra. Pertence à classe dos microssatélites e pesa cerca de 50 quilogramas. Para o nascimento no Surrey, Inglaterra, foi necessário consórcio de universidades e empresas portuguesas que custeassem os cerca de cinco milhões de euros necessários.
Com 20 anos, o satélite lusitano anda à deriva como caixote de lixo espacial em órbita descendente. Lá por cima, orbita lixeira constituída por muitos outros. Assim continuará até 2043, ano conjeturado para a morte física do PoSAT 1 e único na nossa caminhada aeroespacial.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros