Andy Warhol
"Ambrósio, apetecia-me qualquer coisa..." "Um comentário explosivo, madame?" "Ná. Outra coisa..." "Uma explosão, talvez?"
“Esta ditadura insuportável do «politicamente correcto» tira-me do sério. Durante séculos soubemos sempre – e ninguém levou a mal – que Deus era um homem barbudo, branco, já idoso mas ainda viril (como eu), vestindo uma toga e dormindo num edredão de nuvens (como eu). Agora vêm sugerir que talvez possa ter outra forma, género e até outra cor. Apre! Há limites para a insensatez destes fanáticos. Qualquer dia até nos vão tentar convencer de que Jesus era circuncisado...”
“Grécia Vila Morena.”
“Desculpem lá, mas Pedro Passos Coelho desta vez tem inteira razão. O governo grego está a cumprir as promessas feitas em campanha eleitoral?!? Por amor da santa, há limites para a demagogia...
ENTREMENTES, EM PORTUGAL... "Cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas/cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas..."
[Maldita a hora em que Sérgio Godinho meteu esta lengalenga numa canção - acho que a culpa de sermos assim é toda dele, já que mais ninguém se acusa.]
“Dizem que o cérebro humano regista com mais atenção as coisas negativas que as positivas e está preparado para passar as culpas a outrém, por incapacidade intrínseca de assumir demasiadas responsabilidades individuais. Eu sabia: somos um povo genial!”
“VENDO - 150 euros, exemplar do Charlie Hebdo. (Não é o que pensais: não estou a fazer lucro com a morte. Estou apenas a tratar da vidinha.)”
“Já me avisaram para não contar intimidades no facebook, que se vem a saber tudo. Mas eu não resisto: esta é a canção que trauteio todas as manhãs ao fazer a barba.”
Vilhena
Nota prévia – Faz hoje duas semanas que ocorreu a chacina de cartoonistas do Charlie Hebdo. Momento adequado para lembrar livros interditos pela Censura.
O “Expresso” anunciou a disponibilização, aqui, de um inventário dos livros que a Velha Censura proibiu. Fê-lo José Brandão e a lista que estabeleceu vai em 900 livros. Já fui ver e li imensos antes do 25 de Abril, dos Harold Robbins aos chatíssimos Simonov e Cholokov, passando pelo Malraux (ainda tenho essa “Condição Humana”), o padre Jean Cardonell (este não está alcance nem do mais pintado dos intelectuais, ah, ah, ah), Henry Miller e Harper Lee. Até “A Nossa Vida Sexual” de Fritz Kahn me passou limpinho pelas mãos. Na verdade, o pai de um dos meus amigos de bairro era inspector da Pide e trazia os livros proibidos, assim providenciando, por ínvios e perversos caminhos, à educação dos infantes.
Olhando para as capas que o “Expresso” reproduzia, descubro que li, nesses tempos de Ditadura, em Angola, o Jubiabá e os Capitães de Areia, de Jorge Amado, as Mãos Sujas, de Sartre e, o que diz alguma coisa sobre a minha idiossincrasia, quase todos os livros do mais proibido dos autores, o José Vilhena, até a minha mãe os apanhar e eu ter mostrado vergonha sonsa e adolescente arrependimento.
Nota final – Artigo publicado aqui por Manuel S. Fonseca.
CAFÉ DA MANHÃ
Marc Ghagall – “Au dessus de la ville”, 1915. Nasceu em Vietebsk a 7 de julho de 1987 e morreu em França a 28 de Maio de 1985. Foi um pintor, ceramista e gravurista surrealista judeu russo/francês.
Livre-arbítrio: “possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante.” Isenção de condicionantes nos nossos atos, existe? Determinismo ou liberdade de escolhas? Sobre isto há muito a Filosofia anda às turras. Facto é a sociedade de hoje resultar do livre-arbítrio passado e de cada um se defrontar com os resultados das ações. Os membros idos e vivos das sociedades terrenas fizeram menos do que deviam em benefício do bem comum. Miséria, desemprego, violência não existiriam se outro tivesse sido o comportamento coletivo. Esta realidade permite a milhões o livre-arbítrio? _ Jamais! Assim sendo, a conceção determinista, segundo a qual todos os acontecimentos são consequência de circunstâncias anteriores, ganha terreno. Mas não foi o L.M. que decidiu desinfectar a ferida? E fumar? E ir para a «casinha» ler o jornal? Porém, foi à «casinha» sob imperiosa necessidade física que do arbítrio não dependia. É hipocondríaco sem que num amanhecer rezingão tenha decidido: _ “Vou tornar-me um apanhado por maleitas!”.
A vida supera o ódio. Sorrir é ícone de esperança numa sanidade mundial que tarda. Bastam as catástrofes naturais que elevam sem detença os números da mortandade humana.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros