Patti Mollica, Bascove, Keith Mallet
Que mania de, com estardalhaço, morrermos longe sem catástrofes ou outras razões naturais como causa! Melhor é ser tragicamente defunto no quentinho português do que exportar protagonistas com sangue fervente na guelra, sem capacidade de resolverem conflitos passionais com tartes de chantilly mandadas às bochechas de acordo com o cenário hollywoodesco de Times Square. Seria mais discreto e evitávamos ficar mal-afamados na ‘estranja’. Fosse americano o assassino, ainda vá – fazia jus à mítica, mafiosa(?) cidade de Nova Iorque descrita no cinema que avultada dinheirama rende por esse mundo fora. Fazermos lá o filme sem garantir direitos de autor, permitir rendimentos aos tablóides locais sem uma chavo p’ra troca, está mal. Pior: choca acordar e ouvir notícias pelas matinas em que a nossa jornalista afirma placidamente que “a vítima foi encontrada morta e já inconsciente” .
A violência é vil em qualquer lugar. As vítimas merecem compaixão e os culpados julgamentos e castigos. O mesmo com os assassinos que rolam nas estradas portuguesas. Semelhante com quem profana dignidades e, em geral, direitos humanos - no Haiti, são muitas as mulheres violadas pelos homens que rondam os campos onde, após a catástrofe, era suposta protecção. Infelicidade é não existir Novo Ano que, chegado o balanço último, altere substantivamente a contabilidade de tristezas e lutos inúteis.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros