Jan Bollaert
As lojas chinesas inspiram opiniões contraditórias. Recusa entrar num desses ‘antros’ quem respeita o comércio tradicional, os produtos vendidos por nacionais, alguns com etiqueta disfarçando terem sido produzidos na China, quem abomina cumplicidade na exploração da mão-de-obra infantil que julga (será?) predominante no fabrico do à venda no pequeno comércio chinês em Portugal. Outros são fãs pelo menor custo do pretendido, pela consciência de também as marcas de alta-costura utilizarem tecidos ou mandarem confeccionar o prêt-à-porter no Oriente onde as rechonchudas mãos dos petizes depressa adquirem calos e a condição de escravas sob o jugo de patrões déspotas. Aliás, semelhante acontece com adultos, conquanto reputado de mais cruel o sistema legal que não protege as crianças. Noutra vertente, é logro pensar o made in Portugal como bom e péssimo o arrumado nas prateleiras onde o carimbo made in China impera. Quod est demonstratum, o ‘não entro’ em lojas chinesas é inconsistente e primário. _ "Metem nojo", acrescentam. Gostaria de ainda respirar quando a China tomar conta do mundo!
Não sendo mulher de nojos por dá cá palha aquela, recuso-me a discriminar negativamente onde posso adquirir por menos o necessário, salvo se «escaldada» com um produto ou outro, ou suspeitando origem larápia. Estes deixo-os em seu sítio e retiro aqueles de provas dadas em qualidade e serventia. Vem o arrazoado à colação por urgência de ferramentas esquecidas de comprar na loja ‘tem-tudo’. Estando fechada das 12.30h às 14.30h - a pressa requeria solução -, foi descida estrada e, quase fora de portas da cidade, aberto um «hiperchinês». Já em função o comprado, resistiu com honra a dias de uso. Nas duas horas de ‘fechado para almoço’ da portuguesa ‘tem-tudo’, quanto foi adiantado na remodelação duma casa de banho… E se o tempo é dinheiro, mais foi poupado além do incomparável menor custo.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros