Chuck Law, Andrew Randall
A meio de Agosto, ainda praia e campo e remanso comandam dias. As primícias no desporto, animam. A Volta, os Europeus de Bucareste, enchem os olhos de beleza – paisagens divinas (és lindo Portugal!), cérebros e corpos esforçados e modelados por treinos sem detença no todo do ano. Mais e melhor, longe em menos tempo. E aqueles homens e mulheres conseguem proezas novas. Auguram esperança na progressão do corpo humano, exibem ideais que aos próprios e aos outros elevam. Subjaz indústria desportiva? Comércio? Que perfídia acarretam? Distorcem a verdade desportiva? Nas modalidades em causa, rejeito a existência de dolos graves que nos ensimesmem. Ensimesmados andamos mas por razões outras.
Ora, a 15 do mês oito é cedo para cismas cujo objectivo é incêndio dos ânimos políticos. Cedo para qualquer rentrée. A cultural tem início bem mais adiante, quando o povo regressar a casa – quem de lá saiu, porque à maioria não foi permitido, a bem do magro saldo bancário, arredar pés e tralha do poiso quotidiano. Nesta altura, rentrée política tem o condão de me inspirar maus sentimentos. Desprezo é um deles pela fatalidade do populismo exacerbado. Qual o partido que inicia as lides não importa – todos reproduzem guião semelhante. Mas incomoda a época. A interrupção nos espíritos que desligaram a corrente de menoridades já sovadas ao limite.
Este é o tempo de fruir dos afectos com tempo para o tempo da dedicação tranquila. Para leituras, para gozar o corpo liberto, para cozinhar prazeres, para assentar os pés em havaianas. Adeus saltos e arrebiques. Adeus complicações. Adeus ocioso, que Setembro está postado na volta do calendário.
CAFÉ DA MANHÃ
Mais um, Amiga, com a tua sensibilidade/assinatura.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros