Jacqui Faye
Na mitologia romana, de acordo com Arnóbio, Puta era uma deusa menor da agricultura. De acordo com uma versão, a etimologia do nome viria do latim, e seu significado literal seria "poda". Os festivais em honra a esta deusa celebravam a poda das árvores e, durante estes dias, as suas sacerdotisas manifestavam-se exercendo um bacanal sagrado (durante o qual se prostituíam) honrando a deusa. Estaria, portanto, explicado o significado corrente do termo "puta" e suas variações em muitos dos países de fala latina.
Voltando às divinas origens, o país agradece que as meninas de aluguer se entreguem de corpo e alma à agricultura nacional, colaborando em horário alargado com a deusa Cristas, podando tudo que se encontre em estado de abandono e passe então a dar fruto, havendo um único bacanal anual, sem férias nem feriados, a bem do défice e da competitividade.
Portugal finalmente salvo pelas divindades menores que, em vez de modestamente acalmarem os entesoados, levantariam heroicamente o TesOuro Nacional. Mas, hélas!, os gregos que se anteciparam nestas artes acabaram encalhados. Culpa da «mãe n'atura»?
«Uma passagem do Contra Neera, obra apócrifa atribuída a Demóstenes, coloca as seguintes palavras na boca do famoso orador ateniense: "Temos cortesãs para nos dar prazer; temos concubinas para com elas coabitarmos diariamente; temos esposas com o propósito de termos filhos legítimos e precisamos de termos uma guardiã fiel de tudo o que se refere à casa".»
E se deste modo foi (a)fundada a economia «liberal-prostituinte», o conselho: _ Toca a trabalhar, meninas!
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros