Samuel Bak - Study Samuel Bak - Crucified
Chegar a vias de facto. Os «psis» consagraram o «passar ao ato». Ambas as expressões vão dar ao mesmo - fazer ou dizer coisas impensadamente, por vezes em rutura com o comportamento normal do sujeito. Estaladas, agressões verbais, danos físicos, irreparáveis ou não. A morte. Num instante de loucura passar de cidadão banal a assassino.
Que motivações ocultas e recalcadas emergem à luz do dia que nem o próprio consegue explicar razoavelmente e com coerência? Quem assiste à bizarria do facto não entende a desproporção entre a (re)ação e o discurso. Da fraca ligação com o enquadramento. Escusada a compreensão quando o próprio não entende.
Manter a pose, a dignidade, ficar bem no retrato, são postiços que levedam agressividades, zangas interiores que num momento deflagram em erupções emotivamente vulcânicas. Oscilamos entre o sentimento de sermos os maiores e o de não passarmos de pequenos e maltratados.
A excreção de emoções formatada de modo desajeitado, não raro, dá asneira. Para o próprio e para os espectadores que não percebem serem balofas as cenas. Quando o são... Será monótono o comedimento como regra, mas fervura fácil queima aqueles onde o líquido derrama e de cicatrizes todos havemos bastantes.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros