Edgar Degas – Ballet Class Edgar Degas - Dancers
Partiu Luna Andermatt aos 87 anos. Tive o privilégio de ver a Companhia Nacional de Bailado em coreografias de Luna Andermatt. Reformou o bailado no nosso país, criou a CNB em 1976, moldou inúmeros coreógrafos, bailarinos que haveriam de mostrar a técnica e talento também no Ballet Gulbenkian.
Um dia, escreveu: “Ninguém envelhece só por viver muitos anos. A juventude não é uma época da vida, é um estado da alma. Não é uma questão de faces lisas, de lábios vermelhos e joelhos bonitos. É uma força de querer, uma qualidade da imaginação, um rigor de emoções e uma frescura da profunda primavera da vida.”
“Em fevereiro passado, Luna Andermatt foi homenageada com a medalha municipal de mérito, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Lisboa, pelo contributo para a dança em Portugal como bailarina, coreógrafa e professora. Regressou aos palcos em 2010, com a Companhia Maior, projeto criado no Centro Cultural de Belém por Luísa Taveira, atual diretora da Companhia Nacional de Bailado (CNB).”
Para má notícia, outra boa é anunciada. O programa europeu “Europa Criativa vai disponibilizar 1,46 mil milhões de euros para projetos culturais até 2020. O novo quadro de fundos comunitários vai ser aprovado daqui a duas semanas, com um aumento de 9% em relação aos programas até agora existentes. Bruxelas reconhece que os 1,4 mil milhões de euros representam uma "parte marginal" do orçamento da União Europeia e o início do programa será lento. Por isso, o chefe de unidade do programa "Europa Criativa", Karel Bartak, defende que os países em crise devem inventar soluções para fazer chegar a cultura aos mais pobres, porque «investir na cultura não é um luxo».”
Convém lembrar que no ano passado apenas um terço dos portugueses assistiu a um concerto. Na Europa e na nossa retaguarda, apenas Chipre e Grécia.
CAFÉ DA MANHÃ
Edgar Degas, Réalisme, Musée d’Orsay (France)Paris
Edgar Degas, ao regressar a Itália onde parte da família residia, inicia o retrato da “Família Belleli” em 1858 na cidade de Florença. É o seu primeiro trabalho com pincel largo mais próprio para caiar do que utilização em pintura clássica.
Trabalhou nesta obra cerca de uma década antes de o apresentar sob o título “Retratos de Família” em 1867 no “Salão de Paris”. Não obteve loas do público ou dos críticos.
Drama ou ritual doméstico? Pose dos Belleli ou memória impressiva que reproduziu na tela? Homem irascível, mulher formal segundo a época? E as crianças? Mais interrogações podem ser levantadas. Respondidas ou não por quem na pintura atentar.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros