No hotel, começo de dia isento de defeito. Pela proximidade do Retiro, atravessá-lo foi a melhor opção para o destino: El Museo de arte Thyssen-Bornemisza. E quanto prazer no percurso!
As temporárias do Thyssen jamais me desiludiram. Ao entrar, confiança e entusiasmo no auge. Duas horas de puro deleite. Pedagógicas para quem arrisca nas telas formas e cor. O que aprendi, deuses!, com a sábia técnica de Camille Pissarro. Tantos erros meus detetei no até agora feito… Vontade infinita de voltar aos linhos e aos óleos.
Noutros lugares, vi coletivas de impressionistas. Nunca, nem o Monet dos meus amores, me ensinou o que no Tyssen aprendi. A demora dos visitantes perante qualquer uma das obras era significativa. Fascínio na leitura ao longe pela tridimensionalidade e clareza das formas; se ao perto, na aparente confusão dos matizes, ensinamentos transmitidos por via da matéria e pinceladas.
Equivalente em abrangência e qualidade a esta temporária, apenas a do Rousseau na New Tate. No Met, faltou-me sorte na época das visitas. Noutros ícones mundiais, o mesmo. Mas esta, esta conversou comigo com tal paz que esquecê-la é impossível.
No caminho de regresso pelo Retiro, a novidade dos ciprestes de espécie rara que naturalmente recortam as copas. A tesoura do podador mais não faz que preservar o trabalho da mãe natura.
No hotel, exposição de arte. Muitas as obras em mostra. Registei aquelas cujos autores mais me impressionaram.
Do tempo, o tempo para a longa noite madrilena.
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros