A Clockwork Orange Self Portrait of the Artist, 1889, Orsay Like the Simpsons
Desde o início do Mundial de Futebol 2014 que desejava final entre um país da América Latina e um Europeu. Antes do Argentina/Holanda, a minha simpatia ia direta para a “Seleção das Pampas”. Não tinha reserva alguma, salvo a atrás referida, contra os da “Laranja Mecânica” nem contra o fabuloso filme de Kubrick estreado em 1971 nem contra os conterrâneos de Van-Gogh nem contra a pintura flamenga nem contra os grandes homens que deixaram impressivo legado ao mundo nem contra o povo dum país que amo e me fascinou. Bem pelo contrário, a Holanda encantou-me enquanto país de postal ilustrado que é semelhante a dizer pelos belos clichés que a publicitam: canais, moinhos de vento, campos e o mercado das flores em Amsterdão, os tamancos de madeira e a cerâmica de Delft a que não resisti, as vestimentas tradicionais, o queijo Edam. Mas houve mais. Senti-me próxima de Rembrandt, de Johanes Vermeer, de Piet Mondriam , de Vincent Van-Gogh no que à pintura concerne. No pensar o tempo, colei-me a Erasmo de Roterdão, Espinoza, René Descartes, aos escritores Harry Mulisch, Cees Nooteboom (“Os Distúrbios de Paris” e “Nas Montanhas dos Países Baixos”). Lembrei as vítimas da Segunda Guerra Mundial documentada por Anne Frank no seu diário e na casa onde se abrigou dos invasores alemães.
De regresso ao «mundo da bola» que, por ora, canibaliza notícias de importância maior, aguardo (in)tranquila a final domingueira.
CAFÉ DA MANHÃ
Argentina Holanda
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros