Jim Daly
Quando me sinto provocada nas minhas convicções, quando a revolta me embarga o verbo, quando se trata de ultraje aos elementares direitos dos cidadãos, procuro distanciar-me até o racional ganhar à subjetividade. «Reações a quente» não se harmonizam com quem sou. Prefiro diálogo esclarecedor ou, na impossibilidade de acontecer, exercitar análise crítica isenta de emoções.
O direito à saúde, à educação, à justiça são áreas sensíveis das quais não me distraio. Pela omissão de escritos meus sobre os sucessivos escândalos do administrar governamental nas prioridades sociais atrás referidas, que não subjaza o meu alheamento. Estive, estou, estarei (se amanhã acordar) centrada no respeito aos direitos humanos no mundo, em Portugal especialmente. A não esquecer que na passada terça-feira o nosso país foi eleito membro do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU para o biénio 2015/2017 numa votação recorde - nunca qualquer país recebeu um tão elevado número de votos para uma organização das Nações Unidas. Foi bonito. Soube a mel.
Vai o ano letivo a meio do primeiro período de aulas, educandos e educadores continuam desesperados por começo invulgarmente tardio do ano escolar. Professores saltitam de uma colocação escolar para outra, alunos sem aulas ou que já conheceram três professores numa só disciplina ficando dias-a-fio sem nenhum. Terramoto na educação. Terramoto na estabilidade de crianças e jovens que carecem de confiança nas escolas para o estudar ser estímulo e não roleta russa. Terramoto nas famílias angustiadas perante sistema em descalabro.
Como acreditar na evolução de um povo quando o edifício educativo se alicerça em solo incompetente?
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros