Jim Daly
Recorrentemente, anda o país adulto mobilizado pelos «pipis» e «pilinhas» dos mais pequenos. Preocupa alguns pais de família que as escolas tenham papel mais ativo no esclarecimento de questões que a sexualidade sempre coloca aos humanos, sejam eles meninos de bibe ou adolescentes com hormonas irrequietas desaguando em borbulhas.
Recosto-me e sorrio ao deparar com genuínas convicções paternais de que a sexualidade desabrocha e concretiza-se de modo tão airoso e natural como borboleta de crisálida sob o olhar atento(?) e esclarecedor(?) dos «papás». «Papás» de hoje - baralhados jovens de setenta e oitenta - que peregrinaram (muitos sem rumo) pelos afetos e papéis e posturas e continuam, nalguns casos, tão baralhados como antes. Os mesmos pais que reclamam e esperam que a escola ensine os filhos a estudar, a perpetuar valores, a valorizar o empenho, a disciplina e responsabilidades pessoais. Porque não têm tempo, dizem alguns, delegam na escola competências que à família cabem e seria suposto a escola preservar.
Que tal os curadores da tradição e ideais de antanho optarem pela coerência? Sentindo a escola usurpar domínios reclamados como familiares, sejam responsáveis e cuidem destes e dos outros. Mudem de vida, senhores! Terão de ser menos carreiristas e workaholics. Mais intervenientes na formação dos filhos. Mais presentes no tempo de vigília e não cingidos ao beijo de boa-noite quando a criança já dorme. O fim-de-semana terá de gratificar e, em simultâneo, respeitar a prioridade do acompanhamento escolar efetivo. Detetar dificuldades e procurar a colaboração da escola para que a criança se sinta amparada e confie no sucesso. Nisto, como no resto, a coerência é bonita e tem recomendação.
CAFÉ DA MANHÃ
Bryan Larsen
“Por alguma razão as escolas Jesuítas têm formado muita gente notável, em conhecimento e em caráter.
Trata pois o texto de cuidar do incentivo aos professores para ensinar, sem o qual, a aprendizagem é ineficiente. Quantos professores sabem transmitir a paixão pelo conhecimento, pela descoberta? Quantos professores se empolgam e comovem pelas descobertas dos seus alunos? O que é que vale a pena ensinar? Haverá incentivo outro, além do salário nas sociedades atuais? Com a produção de conhecimento em contínua espiral, não estamos a perder a noção do essencial? Essa avalanche do conhecimento não nos está a conduzir à mortífera especialização? À sociedade dos que sabem muito de muito pouca coisa! Não é irreversivelmente destrutivo que cada um no seu mister desconheça o impacto global da sua ação focada exclusivamente num contexto restrito?
E quem deve decidir o que se deve aprender? O Estado? Os Pais? Os alunos?
Defendo uma escola capaz de formar livres-pensadores, que sejam eles próprios, adquiridas as ferramentas necessárias, capazes de decidir por si o que querem aprender e com quem.
Terei que referir o inevitável Agostinho: “Ainda um dia haveremos de fazer uma Escola onde cada um aprenderá o que necessita de saber”. Quando tal acontecer, estaremos muito perto da autêntica Liberdade!
Sem bons professoras(as) estaremos todos perdidos!”
CAFÉ DA MANHÃ
Apesar de longo o vídeo, merece ser visto até ao final.
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros