Wojtek Siudmak
Parece ter havido menos clientes da vacina contra a gripe A do que o estimado. Grávidas e idosos com doenças crónicas, partes do grupo prioritário, foram cépticos. Em sobra, doses agora disponibilizadas para a população em geral. Não me candidato a ser injectada. Acredito na fiabilidade da vacina, mas quem me garante não ter sido já contagiada? Causa provável de sintomas compatíveis que experimentei, vai para dois meses.
Desengane-se quem julga obrigatória febre alta e demais itens do catálogo. Resultados de análise positivos para quem apenas sentiu arranhada a garganta e olhos secos, condicionam-me a escolha. Dispenso o par de tomas da mistura química preventiva. Que não seja exemplo para os demais: tenho matriz optimista e crente no «vou quando tiver de marchar», conquanto observe a responsabilidade do zelo pelo dom maior - viver. Natureza sem coincidência com temores do fatum.
Talvez pense de cor. Estivesse duas horas bloqueada no comboio Eurostar, toneladas de água do Canal da Mancha por cima, não adivinho o meu reagir. Presumo: conversaria com os vizinhos na carreira subaquática. Sorriso fácil e, porque não?, laracha (sem jeito) a (des)propósito. O livro e a moleskine (mania de reter momentos a qualquer momento) ficariam no saco. Há lá melhor oportunidade de entender pessoas, a minha em particular, do que risco partilhado com alheios/parceiros de ocasião?
CAFÉ DA MANHÃ
Adoçantes
Peregrinando
Brasileiros